Libéria confirma segundo caso de ebola após ser declarada livre do vírus
Monróvia, 1 jul (EFE).- As autoridades da Libéria confirmaram nesta quarta-feira que foi registrado um segundo caso de ebola no país, que em 9 de maio foi formalmente declarado livre desta doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O vice-ministro de Saúde, Tolbert Nyenswah, explicou que o paciente infectado está internado em um centro especializado e que residia no estado de Margibi, onde ontem a OMS confirmou a morte de um jovem de 17 anos que testou positivo para ebola.
As autoridades da área de saúde liberianas já iniciaram uma investigação para averiguar a origem destas novas infecções, embora tenham pedido à população que mantenha a calma porque a situação está “sob controle”.
Como medida preventiva, Nyenswah disse que foi retomado o programa de luta contra o vírus que ele mesmo dirigiu durante a epidemia, que causou cerca de 4,6 mil mortes no país.
Mas o temor invadiu de novo os liberianos, que ainda tentam se recuperar do sofrimento e da devastação social e econômica provocada pelo ebola.
“(As últimas notícias) me lembraram das atrocidades que algumas pessoas sofreram devido à doença”, disse à Agência Efe um liberiano de 66 anos que vivem em West Point, um subúrbio da capital.
Apesar da Libéria ser o país no qual mais pessoas faleceram durante a epidemia, também tinha sido o único dos países afetados -junto a Serra Leoa e Guiné- onde a OMS tinha considerado que a situação havia sido totalmente superada, após ter completado 42 dias sem nenhum caso.
Mas quase dois meses após ser declarado oficialmente livre de ebola, a OMS anunciou que a Libéria terá que entrar novamente em uma fase de 42 dias (o dobro dos 21 dias de incubação do vírus) sem que seja detectado nenhum caso novo “para estar seguros de que não há transmissão do vírus”.
O vírus se originou em dezembro de 2013 em uma zona florestosa da Guiné, fronteiriça com a Libéria e Serra Leoa, por isso que rapidamente ultrapassou as fronteiras e se expandiu entre os três países, um contágio que até o momento infectou mais de 27 mil pessoas, das quais mais de 11 mil morreram. EFE
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