Lula defende que investigações de corrupção não manchem nome da Petrobras

  • Por Agencia EFE
  • 25/02/2015 01h10
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Rio de Janeiro, 24 fev (EFE).- O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta terça-feira de um ato em defesa da Petrobras e fez um apelo para evitar que as investigações de corrupção manchem a reputação da empresa estatal.

Lula afirmou que “não se pode jogar a Petrobras fora” pelas irregularidades cometidas por “meia dúzia de pessoas”, e defendeu uma punição exemplar para os corruptos.

A Petrobras está no centro de uma investigação policial sobre uma extensa rede de corrupção que, segundo as suspeitas, operava desde a década de 1990 e desviou uma quantia de dinheiro estimada em bilhões de dólares.

Segundo a polícia, foram desviados recursos milionários da Petrobras e de prestadoras de serviço para o pagamento de propina a diretores da estatal e a dezenas de políticos, a maioria de partidos governistas.

Devido às investigações de corrupção, a companhia petrolífera está atravessando dificuldades para conseguir financiamento nos mercados e foi obrigada a anunciar reduções drásticas nos investimentos previstos para os próximos anos.

Em seu discurso, Lula acusou a oposição de usar o caso para “criminalizar” o governo e “a política” em uma tentativa de recuperar o poder.

“Defender o Brasil é defender os trabalhadores, defender os trabalhadores é defender a democracia e defender a democracia é dar continuidade no processo de políticas que já foi iniciado”, afirmou Lula.

O ato foi organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e contou com a participação de representantes de movimentos sociais, estudantis e intelectuais.

Antes do ato, houve uma briga entre militantes do PT e opositores na rua, em frente à sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), onde aconteceu o ato.

Os sindicatos convocaram manifestações em dezenas de cidades para “defender a Petrobras” em 13 de março, dois dias antes de outras manifestações contra o governo convocadas pela oposição. EFE

mp/rpr

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