Maia articula nas sombras e semana é muito ruim para Temer

Brasília - Presidente Michel Temer durante coquetel com parlamentares da Base Aliada na residência oficial do Presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Rodrigo Maia. (Carolina Antunes/PR) Rodrigo Maia também tem acusações contra si, mas que não seriam tão graves

O comentarista Jovem Pan Marco Antonio Villa entrou ao vivo no Jornal da Manhã deste sábado (8) para comentar as principais notícias da semana e a expectativa política para a próxima.

“A semana foi muito ruim para Michel Temer”, diz Villa. Além da viagem do presidente ter sido um “desastre”, agora setores da economia se articulam mostrando que a permanência ou não de Temer não é tão relevante para o prosseguimento das reformas econômicas.

O presidente da Câmara Rodrigo Maia “articula habilmente na sombra”, diz Villa. E o PSDB “parece que está desembarcando do governo”. “Com ele as reformas continuam e serão melhores que com Michel Temer”, afirma Villa.

“Isso não significa que com Rodrigo Maia pesem acusações que aparecerão na próxima semana”, ressalva Villa, lembrando que seriam de recebimento de caixa dois de grandes empresas, mas sem corrupção passiva, ao menos por enquanto.

Villa também falou sobre termos da delação do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci que implicariam Guido Mantega, que ocupou o mesmo cargo. “Um jogando a batata quente para o outro”, diz. “O projeto socialista nunca existiu naquele momento”, avalia. A ideia do PT, segundo Villa, era construir sua visão de mundo ao longo prazo, em cerca de 20 anos, com o dinheiro do grande empresariado.

Sobre a possível delação de Eduardo Cunha, Villa desconfia. “Cunha está falando em delação premiada desde que Cabral descobriu o Brasil”. O comentarista chama o ex-presidente da Câmara do PMDB de “ardiloso, esperto e psicopata”, e entende que dificilmente haverá essa colaboração, que poderia atingir cerca de 50 políticos.