Marco Antonio Villa: Poderosos de Brasília estão importando ideologia exótica da extrema-direita dos EUA
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, está em Washington. Na capital dos Estados Unidos, ele deve se reunir nesta terça-feira (19) com o chefe do governo norte-americano, Donald Trump. Antes do encontro, porém, ele se reuniu com políticos em jantar.
“Esse jantar era com a extrema-direita norte-americana, que foi expulsa da Casa Branca por Trump e não tem nenhuma representatividade. [O jantar] Não teve efeito político nenhum e é muito preocupante, pensando no sentido da política externa brasileira, especialmente no agronegócio”, afirma Marco Antonio Villa, comentarista da Jovem Pan.
Para o professor, esse encontro com extremistas “queimou pontes que o Brasil poderia estabelecer com democratas, com republicados e com o próprio presidente” dos EUA. Esse jantar foi uma guinada histórica da diplomacia brasileira.
Villa também comentou o fato de o Brasil estar se alinhando politicamente contra os mesmos “inimigos” norte-americanos, como Cuba, Nicarágua, Venezuela e China. “O que nós temos contra os inimigos dos EUA? Nada. Não estamos subordinados a ninguém.” Para o comentarista, o Brasil deve estar focado nos próprios interesses.
Ele ainda explicou a importância da independência brasileira em relação aos interesses estrangeiros: “35% do nosso comércio é com a China, especialmente no agronegócio. Por outro lado, a política externa americana prejudica o Brasil. Basta ver taxas sobre aço e alumínio. Está sendo dado um passo que vai ter um efeito desastroso.”
Marco Antonio Villa ainda afirmou que “pessoas com poder em Brasília” estão importando uma “ideologia exótica da extrema-direita americana”.
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