“Não temos tempo a perder nas negociações com a Grécia”, diz Hollande
Roma, 21 jun (EFE).- O presidente da França, François Hollande, afirmou neste domingo que “cada segundo importa” nas negociações entre os credores internacionais e o governo da Grécia para chegar a um acordo e evitar a saída do país da zona do euro.
“Sobre a questão da Grécia, não há tempo a perder. Não estou otimista nem pessimista”, disse Hollande durante uma entrevista coletiva conjunta ao lado do primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, com quem realizou um encontro bilateral em Milão.
“Nas próximas horas esperamos que se estabeleça um diálogo conclusivo porque a Grécia enviou à Comissão Europeia (CE), ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Central Europeu (BCE) novas propostas. Espero que consigamos uma solução”, completou.
“Confio em um acordo que seja o mais durável e estável possível porque se a Grécia sair do euro não será bom nem para eles, nem para a Europa”, indicou o presidente francês.
Suas palavras foram reforçadas por Renzi, que pediu à Grécia que faça um esforço, se mostrando mais otimista que Hollande sobre as possibilidades de acordo com os credores internacionais.
“Todos estamos convencidos que deve ser oferecida uma solução para que a Grécia permaneça no euro e estamos trabalhando nisso. Mas é fundamental que os gregos também trabalhem. É preciso um esforço recíproco de ambas as partes”, disse Renzi.
“Do meu ponto de vista, há condições para se chegar a um acordo. Não devemos perder essa possibilidade”, acrescentou o primeiro-ministro, destacando que a Itália acredita que a crise grega possa se espalhar pelo continente.
Uma cúpula de líderes da zona do euro será realizada amanhã, convocada para analisar a situação econômica do país e evitar uma hipotética saída grega da moeda única.
A segunda prorrogação do resgate grego termina no dia 30 de junho, data na qual Atenas terá que enfrentar um pagamento de 1,6 bilhão de euros ao FMI com os cofres vazios.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, apresentou hoje a nova propostas de reformas ao presidente da CE, Jean-Claude Juncker, à chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e a Hollande, para tentar chegar a um acordo “mutualmente benéfico”. EFE
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