Obama acusa republicanos de pôr o direito ao voto em perigo

Nova York, 11 abr (EFE).- O presidente americano, Barack Obama, advertiu nesta sexta-feira que o direito ao voto está em perigo nos Estados Unidos pelos esforços dos republicanos para endurecer os requisitos para comparecer às urnas.

“O direito ao voto está hoje ameaçado de uma forma como não tinha ocorrido desde que se aprovou a Lei de Direito ao Voto há quase cinco décadas”, assegurou Obama em discurso na convenção anual do grupo de defesa dos direitos civis National Action Network.

O presidente americano acusou os republicanos de “liderar esforços em todo o país para aprovar leis que tornem mais difícil, ao invés de mais fácil, o voto das pessoas”.

“Em alguns lugares, as mulheres poderiam ser afastadas das urnas simplesmente porque estão registradas com seu nome de solteiras e em sua carteira de motorista têm seu nome de casadas”, alertou Obama.

“Em outros, as pessoas podem ser impedidas de votar por não terem um passaporte ou uma certidão de nascimento. Cerca de 60% dos americanos não têm passaporte”, acrescentou.

O presidente acusou os republicanos de impulsionar esse tipo de medidas na busca de seu próprio benefício e assegurou que as estatísticas sobre fraude no voto não justificam o endurecimento dos requisitos para votar.

“Os Estados Unidos não se levantaram e saíram às ruas e se sacrificaram para conseguir o direito ao voto (…) só para ver como é negado a seus filhos e netos”, denunciou Obama.

Nos últimos anos, organizações de liberdades civis insistiram para que a Casa Branca transforme em uma de suas prioridades a garantia do direito ao voto para todos os cidadãos. EFE