Obama anuncia medidas para aliviar dívida de 5 milhões de estudantes

  • Por Agencia EFE
  • 09/06/2014 18h20
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Washington, 9 jun (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta segunda-feira medidas para ajudar a financiar a dívida de cinco milhões de estudantes universitários que têm empréstimos pendentes por seus estudos e aliviar o risco que correm pela falta de pagamento.

Em uma nova ação, Obama ampliou a abrangência de uma lei de 2010, segundo a qual os estudantes têm que dar mensalmente um máximo de 10% de suas rendas para quitar o empréstimo que adquiriram, e que perdoa a dívida restante quando o aluno leva 20 anos pagando.

“Em um momento no qual a educação superior é mais importante do que nunca, também é mais cara que nunca (…). Os americanos devem, agora, mais dinheiro em empréstimos estudantis do que em cartões de crédito”, explicou Obama em um ato na Casa Branca.

Segundo dados da Casa Branca, 71% dos estudantes se formam na universidade o fazem com dívidas pendentes e a média do que deve cada um deles é de US$29.400.

O plano anunciado hoje, previsto para entrar em vigor até dezembro de 2015, beneficiará cerca de cinco milhões de estudantes que não cumpriam os requisitos estabelecidos pela lei de 2010.

A ordem assinada hoje por Obama também permitirá à Administração renegociar seus contratos com companhias de empréstimos “para que proporcionem aos estudantes o apoio e a flexibilidade financeira que merecem” e ajudará a divulgar entre os jovens mais informação sobre as opções que têm para financiar seus estudos.

Ao mesmo tempo, Obama pediu ao Congresso a aprovação de uma lei impulsionada pelos democratas do Senado e que permitiria cerca de 25 milhões de americanos refinanciarem seus empréstimos estudantis a taxas de juros mais baixas. De acordo com a Casa Branca, isso poderia economizar a cada estudante um total de US$2 mil.

O projeto de lei, previsto para ser votado nesta semana, enfrenta uma notável oposição republicana.

“Seria escandaloso que permitíssemos que sobrevivesse esse tipo de lacuna fiscal para os que são muito, muito afortunados, enquanto os estudantes estão tendo problemas simplesmente para começar suas vidas”, sentenciou Obama.

As medidas anunciadas por Obama foram criticadas pela oposição republicana, irritada perante a tendência do presidente de responder com ações executivas à estagnação de muitas de suas prioridades legislativas no Congresso.

“O suposto fechamento de lacunas fiscais de hoje não faz nada para reduzir o custo de buscar uma educação superior ou melhorar o acesso a empréstimos estudantis federais, e também não ajudará a milhões de graduados recentes que estão sofrendo para encontrar trabalho na economia de Obama”, disse o presidente da Câmara Baixa (deputados), o republicano John Boehner, em comunicado.

O secretário de Educação, Arne Duncan, reconheceu em entrevista coletiva na Casa Branca que a Administração ainda não sabe quanto custarão às novas medidas, e indicou que isso será determinado no processo de regulação que durará até dezembro de 2015. EFE

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