Ofensiva do EI contra Al Hasaka, na Síria, já deixou 176 mortos

  • Por Agencia EFE
  • 05/06/2015 07h24

Beirute, 5 jun (EFE).- Pelo menos 176 pessoas morreram desde o início, há seis dias, da ofensiva do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) contra a cidade de Al Hasaka, no nordeste da Síria, onde os radicais avançaram até seu acesso sul, informou nesta sexta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Desses mortos, pelo menos 71 eram efetivos do Exército sírio e milicianos pró-governo que enfrentaram os jihadistas na periferia sul de Al Hasaka, capital da província homônima.

Os extremistas sofreram 59 baixas nos combates, das quais 11 eram suicidas que cometeram atentados com carros-bomba nas imediações da prisão de Ahdaz, de uma companhia de eletricidade e de postos de controle do regime ao sul da cidade.

A essas vítimas se somam 43 membros do EI e seus familiares, além de três civis, que morreram nos bombardeios da aviação governamental contra a localidade de Al Shadadi, reduto dos radicais perto de Al Hasaka.

Os enfrentamentos continuaram hoje na periferia sul dessa cidade, no meio de um grande número de ataques aéreos do regime contra posições do EI.

Ontem, Nasser Hajj Mansur, porta-voz do Departamento de Defesa da região autônoma curdo-síria de “Al Jazeera”, onde fica Al Hasaka, explicou para a Agência Efe por telefone que os insurgentes do EI lançaram este ataque contra Al Hasaka vindos de Al Shadadi, que está ao sul, e de seu reduto em Al Hul, ao leste.

Mansur detalhou que Al Hasaka tem uma população multiétnica, onde convivem árabes, curdos e assírios.

“As forças curdas dominam cerca de 60% de Al Hasaka, enquanto 40% estão nas mãos do regime, que é por onde o EI atacou”, ressaltou.

O responsável disse que as milícias das Unidades de Proteção do Povo Curdo não estão participando da batalha entre os soldados e o EI, mas alertou que intervirão se os jihadistas atacarem os bairros de Al Hasaka controlados por elas.

O Estado Islâmico proclamou há quase um ano um califado nos territórios ocupados da Síria e do Iraque. EFE

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