ONU prepara grande reunião sobre ebola durante a Assembleia Geral

  • Por Agencia EFE
  • 09/09/2014 16h46
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Nações Unidas, 9 set (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, planeja convocar uma grande reunião internacional para dar resposta à epidemia de ebola na África durante a Assembleia Geral das Nações Unidas neste mês, segundo anunciou nesta terça-feira seu porta-voz.

Ban comunicou sua intenção ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante uma ligação telefônica efetuada na segunda-feira, na qual os líderes discutiram a necessidade de ampliar de forma urgente os esforços contra a doença, disse o porta-voz, Stéphane Dujarric.

O secretário-geral da ONU indicou a Obama sua intenção de realizar um “evento de alto nível” sobre o ebola aproveitando a presença de muitos líderes mundiais na Assembleia Geral, cuja abertura será em 16 de setembro, a fim de obter mais ajuda por parte de governo, ONGs, do setor privado e de instituições acadêmicas.

Em declarações aos jornalistas, a embaixadora americana perante as Nações Unidas, Samantha Power, ressaltou também que a comunidade internacional deve fazer mais para combater o ebola e assegurou que seu governo dará todo o apoio possível e está trabalhando para que outros atores aumentem sua contribuição.

“Ninguém pode dizer que a resposta por enquanto seja suficiente”, indicou a embaixadora, que neste mês preside o Conselho de Segurança.

O principal órgão de decisão da ONU analisou hoje durante quase três horas a situação na Libéria, um dos países mais afetados pelo surto.

A representante especial da ONU na Libéria, Karin Landgred, advertiu em declarações aos jornalistas que a epidemia está tendo consequências além do lado médico e gera importantes riscos à estabilidade do país.

Segundo Landgred, o ebola está tendo repercussões nos preços e na disponibilidade de alimentos e foi o detonante de alguns episódios de violência, por causa da incapacidade das autoridades para cuidar de todos os corpos.

“Há muitas razões pelas quais (a doença) deve ser freada rapidamente, porque o potencial para a instabilidade está clara”, assinalou.

Além disso, Landgred defendeu a importância de continuar com o trabalho da missão da ONU na Libéria (UNMIL).

Nesse sentido, Power reconheceu que vários países expressaram preocupação pela possível exposição de seu pessoal da UNMIL à doença, mas assegurou que os Estados Unidos revisaram as medidas de proteção iniciadas e determinaram que estas são adequadas para garantir sua segurança.

Power ressaltou a necessidade de evitar o “pânico e o medo” e lembrou que a doença tem cura e seu avanço pode ser freado, embora para isso seja necessário fazer mais. EFE

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