Oposição venezuelana anuncia greve de 48 horas para deter Constituinte
A oposição venezuelana reunida na Mesa da Unidade Democrática (MUD) anunciou neste sábado para quarta e quinta-feira próximas uma nova greve geral de 48 horas para forçar o presidente Nicolás Maduro a “retificar” e que cancele a escolha da Assembleia Nacional Constituinte, marcada para dia 30.
O protesto foi convocado uma semana depois da greve geral de 24 horas que paralisou áreas inteiras de Caracas e de outras cidades na quinta-feira passada, e será seguida de uma passeata na sexta-feira, para a qual a oposição chama todos os venezuelanos a irem para a capital a dizer “não” à constituinte, com a qual Maduro pretende elaborar uma nova Carta Magna.
“Se apesar da manifestação Maduro não cancelar a ANC, na sexta-feira anunciaremos a luta de sábado e domingo”, declarou em nome da MUD o deputado Simón Calzadilla, na apresentação da sua agenda para os oito dias que restam para evitar a Constituinte.
A MUD também pediu para se cobrir de papel na segunda-feira as escolas e demais infraestruturas que funcionarão como centros de votação na Constituinte e que desde este fim de semana estão sob controle do Plano República, uma operação militar com mais de 200 mil soldados que fazem a segurança das eleições na Venezuela.
O deputado opositor José Manuel Olivares disse depois para a imprensa que terça-feira será um dia para “se preparar” em relação à greve de 48 horas.
Na sexta-feira, o dirigente Andrés Velásquez, em nome da MUD, pediu aos venezuelanos para se prepararem para a próxima semana, ao considerar que a greve de 24 horas realizada na quinta-feira passada não será “nada” em relação ao “que está por vir”.
Confira a análise de Caio Blinder:
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