Parlamento grego continua debate sobre aprovação do 3º resgate
Atenas, 14 ago (EFE).- O parlamento grego continua o debate da lei sobre o terceiro resgate em uma longa sessão que terminará com a votação do acordo alcançado com as instituições, poucas horas antes da reunião do Eurogrupo para dar seu aval ao programa.
A votação, que começou na madrugada desta sexta-feira com grande atraso devido às diferenças sobre o processo parlamentar, é um requisito que as instituições fixaram como prelúdio à decisão da zona do euro.
A sessão começou na manhã da quinta-feira com o debate nas comissões parlamentares, onde já esteve marcada pelo enfrentamento entre a presidente do parlamento, Zoé Konstandopulu, e alguns membros do governo.
Konstandopulu, que previsivelmente votará contra o resgate, expressou seu descontentamento sobre o procedimento parlamentar escolhido pelo governo para tramitar a lei do resgate (a via de urgência) e propôs que a votação fosse realizada na sexta-feira de manhã.
O ministro das Finanças, Euclides Tsakalotos, defendeu o resgate e, mesmo reconhecendo que se trata de um “acordo muito difícil”, sustentou que o governo obteve algumas conquistas como o relaxamento dos objetivos orçamentários.
Por sua parte, o titular de Economia, Yorgos Stathakis, destacou que o país se encontrava em um beco sem saída devido à enorme dívida à qual tinha que arcar e ao cumprimento do superávit, e ressaltou que o objetivo do Executivo sempre foi a permanência do país no euro e sua volta ao crescimento.
A legislação estabelece um máximo de 10 horas para o debate desta lei e, embora em princípio a votação tenha sido marcada para 7h (horário local, 1h de Brasília), o mais provável é que se prolongue à espera do discurso do primeiro-ministro, Alexis Tsipras.
A expectativa é que o resgate obtenha a ampla aprovação do parlamento, porque, embora muitos dos deputados do governante Syriza tenham afirmado que votarão contra as medidas, conta com o respaldo da oposição de conservadores, liberais e social-democratas.
Se finalmente obter sinal verde da zona do euro, o resgate terá uma vigência de três anos e proporcionará créditos em um valor de até 86 bilhões de euros, que servirão em seu maior parte para pagar dívidas. EFE
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