Pesquisadores independentes descobriram fraude da Wolkswagen

  • Por Agencia EFE
  • 22/09/2015 19h59

Washington, 22 set (EFE).- A manipulação das emissões de gases poluentes em milhões de veículos da Volkswagen passou despercebido durante anos, até a fraude ser descoberta por um grupo de pesquisadores independentes da Universidade da Virgínia Ocidental, nos Estados Unidos, e do Conselho Internacional do Transporte Limpo.

A investigação sobre o caso foi iniciada em 2013, como parte de um projeto para avaliar as emissões em circunstâncias reais de operação de veículos leves nos EUA. Para isso, foram testados três veículos, Volkswagen Jetta, Volkswagen Passat e BMW X5.

Os especialistas verificaram que nas avaliações, feitas em cinco formas distintas de condução, desde em trechos urbanos, até rurais, as emissões de óxido de nitrogênio do Jetta foram entre 15 e 35 vezes superiores ao limite estabelecido pela Agência de Proteção do Meio Ambiente.

Quanto ao Passat, o índice foi entre cinco e 20 vezes superior ao aceitável, enquanto no veículo produzido pela BMW, as emissões estiveram dentro dos parâmetros do órgão regulador. Os veículos da Volkswagen, no entanto, lançavam quantidade normal de gases quando estavam parados.

A informação obtida nos testes foi enviada no ano passado para órgãos que iniciaram as próprias investigações. A conclusão, quase unânime, é de que estas divergências aconteceriam por causa de um software que está instalado atualmente em todos os veículos, para controlar o funcionamento do motor.

O programa detectaria quando o carro está sendo testado para verificar as emissões e ativaria um ciclo do motor que reduz as emissões de óxido de nitrogênio, gás que é responsável pela fumaça e poluição das cidades.

Os responsáveis pelas investigações ainda não sabem se o software detecta a falta de movimento do volante ou o desligamento do sistema de controle de tração, duas circunstâncias ocorridas quando os veículos estão sendo submetidos a testes de emissão quando estacionados.

A montadora alemã ainda não revelou como funciona o programa que permitiria burlar a verificação das emissões de gases. EFE

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