Polícia Federal realiza operação contra lavagem de dinheiro em sete estados

  • Por Agencia EFE
  • 17/03/2014 12h44

Rio de Janeiro, 17 mar (EFE).- A Polícia Federal desmantelou nesta segunda-feira um grupo acusado de ter lavado cerca de R$ 10 bilhões, recursos de origem ilegal, em uma operação que mobilizou cerca de 400 agentes em sete diferentes estados brasileiros, informaram fontes oficiais.

A chamada operação “Lava-Jato” teve como alvo a captura de 28 pessoas, sendo que a maioria delas foi detida na manhã de hoje, acusadas de tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração, contrabando de pedras preciosas e desvios de recursos públicos.

O valor mobilizado pelo grupo foi calculado pela Polícia Federal com a ajuda do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão responsável pela vigilância de operações suspeitas no sistema financeiro.

Os membros da organização são acusados de utilizar lavanderias e postos de combustíveis como fachada para oferecer operações clandestinas de câmbio e de envio de recursos ao exterior.

“Além de envolver alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil”, o grupo era responsável pelos movimentos financeiros e lavagem de ativos “de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em crimes como tráfico de drogas e corrupção”, segundo um comunicado da Polícia Federal.

Entre os presos figura o proprietário de um posto de combustíveis em Brasília, acusado de ser um dos chefes da organização e que tinha vínculos com casas de câmbio na capital brasileira.

De acordo com um comunicado da Polícia Federal, a organização atuava em 17 cidades dos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Rio de Janeiro, assim como no Distrito Federal de Brasília.

Além das detenções, o juiz responsável pela operação ordenou a apreensão de vários imóveis de luxo, veículos e joias, assim como o bloqueio de três hoteis, de dezenas de contas bancárias e aplicações em fundos financeiros. EFE

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