Polícia liberta os 6 ex-colaboradores de Sarkozy detidos nesta quarta-feira

  • Por Agencia EFE
  • 03/06/2015 20h07
  • BlueSky

(atualiza com libertação dos detidos).

Paris, 3 jun (EFE).- A polícia liberou os seis colaboradores próximos ao líder conservador Nicolas Sarkozy durante sua presidência francesa (2007-2012), entre eles dois ex-secretários gerais do Eliseu, Claude ++Guéant++ e Xavier ++Musca++, que tinham sido detidos na manhã de hoje no caso das pesquisas feitas a pedido da chefia do Estado sem licitação.

Todos foram libertados esta noite sem serem apresentados a um juiz nem acusados, segundo a imprensa francesa.

Também foram soltos a ex-diretora do gabinete de Sarkozy, Emmanuelle Mignon, os ex-conselheiros presidenciais Jean-Baptiste de Froment e Julien Vaulpré, e o publicitário Jean-Michel Goudard.

Estas detenções são as primeiras deste caso, um dos muitos relacionados a Sarkozy, que reivindica “a presunção de inocência” diante de eventuais acusações frente a sua tentativa de ser candidato à presidência por seu partido em 2017, a antiga UMP recém rebatizada como Os Republicanos.

A justiça investiga se houve favoritismo, desvio de recursos públicos, cumplicidade e ocultação desses delitos, enquanto averigua por que e como o Eliseu encomendou tantas pesquisas durante a era Sarkozy, mais de 300, e sobre os temas mais diversos, nem sempre estritamente políticos.

O Eliseu questionou assim a popularidade da ministra conservadora de Justiça entre 2007 a 2009, Rachida Dati, e a do candidato oficioso, mas favorito na época a suceder Sarkozy à frente do país, o socialista Dominique Strauss-Kahn, então ainda prestigiado diretor-geral do Fundo Monetário Internacional.

O casal presidencial formado por Sarkozy e sua terceira esposa, a exmodelo e cantora Carla Bruni, foi igualmente objeto de pesquisa de popularidade às custas do dinheiro público e sem passar por nenhum dos trâmites legais previstos para esses contratos correspondentes, destacou hoje a imprensa francesa.

O Tribunal de Contas francês detectou as primeiras irregularidades nas despesas em pesquisas presidenciais em 2009 e a associação anticorrupção Anticor questionou esses dados meses depois.

No entanto, a investigação demorou três anos para avançar, pois a procuradoria de Paris se opunha a isso com o argumento de que a imunidade do chefe de Estado era extensível a seus colaboradores, até que a Corte Suprema decidiu pelo contrário em dezembro de 2012. EFE

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.