Policial que matou jovem de Ferguson diz que ele tentou tomar sua arma
Nova York, 18 out (EFE).- Darren Wilson, o policial que matou Michael Brown em Ferguson, no estado do Missouri, há dois meses, disse ter temido por sua vida porque o jovem tentou tomar sua arma, publicou neste sábado o “New York Times “.
O incidente desencadeou vários dias de protestos contra a polícia e fortes distúrbios na cidade, que evidenciaram as tensões entre a comunidade negra e as forças da ordem.
Segundo o “New York Times”, que cita fontes do governo, o policial afirmou às autoridades que investigam o caso que após mandar Brown e um amigo pararem porque estavam caminhando na rua, o jovem avançou sobre ele dentro da patrulha e tentou tomar sua pistola.
Wilson disse ter recebido socos e sofrido arranhões, antes de atirar.
Segundo o laudo legal, foram dados dois tiros no interior do veículo, com a primeira bala alcançando Brown em um braço e a segunda para o ar.
Os investigadores encontraram sangue do jovem tanto na pistola como no uniforme de Wilson, o que indica que realmente houve o enfrentamento relatado pelo policial.
Sua versão, no entanto, não explica porque logo depois o policial saiu do veículo e disparou várias vezes contra o jovem, que estava desarmado. E ainda contradiz vários dos relatos feitos por testemunhas, entre eles, o do outro jovem que estava com Brown.
Segundo algumas testemunhas, o policial disparou repetidamente no jovem de 18 anos enquanto ele estava com as mãos para o alto, parecendo estar se rendendo, enquanto outros garantem que Brown avançava contra Wilson quando ele começou a disparar.
O Departamento de Justiça abriu uma investigação para esclarecer as circunstâncias da morte de Brown e para conhecer melhor as práticas dentro da polícia local de Ferguson.
A morte deste jovem negro por um policial branco com versões discrepantes entre agentes e testemunhas provocou semanas de fortes distúrbios em Ferguson. EFE
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