Portugal Telecom quer reformular sua fusão com a Oi

  • Por Agencia EFE
  • 13/08/2014 21h42
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Lisboa, 13 ago (EFE).- A operadora Portugal Telecom assumiu que dificilmente recuperará os 900 milhões de euros investidos em títulos da holding Rioforte, pertencente ao não financeiro do colapsado Grupo Espírito Santo (GES), motivo pelo qual propôs a reformulação de sua fusão com a brasileira Oi.

Em um longo comunicado enviado à Comissão de Bolsa de Valores portuguesa, a Portugal Telecom explicou a situação da empresa aos acionistas antes da assembleia geral de 8 de setembro.

O objetivo principal da iniciativa é amortecer o impacto que a falta de pagamento da Rioforte pode ter no projeto de ambas empresas.

Por isso, a Portugal Telecom submeterá à aprovação uma permuta com a Oi na qual a empresa portuguesa ficará com a dívida da Rioforte (897 milhões de euros) e na qual entregará uma parte das ações que tinha na Oi (16,9%) à empresa brasileira.

“Os instrumentos da Rioforte que a Portugal Telecom adquirirá (…) poderão acabar por não ter nenhum valor”, assumiu a empresa portuguesa.

Além disso, a Portugal Telecom decidiu com a Oi que não é “viável” a fusão como tal, motivo pelo qual buscará uma forma alternativa para prosseguir a integração das duas estruturas sem haver fusão das entidades jurídicas.

“Está se analisando uma estrutura alternativa com a meta de, na medida do possível, conseguir os efeitos que resultariam da fusão: a unificação das bases acionistas”, comentou a empresa portuguesa.

A dívida da Rioforte, que entrou em reunião de credores em julho, já provocou a renúncia de todos seus cargos do presidente-executivo do grupo Portugal Telecom, Henrique Granadeiro.

Em sua carta de renúncia na quinta-feira passada, Granadeiro, de 70 anos, se declarou “surpreendido” pelo descumprimento “generalizado” das obrigações do Banco Espírito Santo (BES) com a Portugal Telecom, “no marco da implosão do Grupo Espírito Santo”.

A Portugal Telecom e a Oi tinham anunciado em outubro de 2013 que se fundiriam para se transformar em uma das 20 maiores “gigantes” em nível mundial do setor das telecomunicações, com pelo menos 100 milhões de clientes distribuídos em quatro continentes. EFE

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