Presidente da Gazprom diz que Ucrânia não pagou pelo gás fornecido em junho

  • Por Agencia EFE
  • 08/07/2014 10h35
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Moscou, 8 jul (EFE).- A dívida da Ucrânia com a Gazprom pelo fornecimento de gás ultrapassou o valor de US$ 5,2 milhões, já que as autoridades de Kiev não teriam pago pelo combustível recebido na primeira quinzena de junho, denunciou nesta terça-feira o presidente da companhia energética russa, Alexei Miller.

“A Ucrânia segue sem pagar por 11,53 bilhões de metros cúbicos. É um volume enorme, comparável às provisões anuais de gás à Polônia”, assegurou Miller.

Rússia cortou o fluxo de gás em direção à Ucrânia no último dia 16 de junho perante a insistência de Kiev em não pagar a dívida acumulada pelas provisões deste combustível, que, no início do mês, era de US$ 4,45 bilhões.

Durante a primeira quinzena de junho, antes do corte, a companhia de gás ucraniana Naftogaz recebeu 1,7 bilhão de metros cúbicos de gás, uma quantidade avaliada em US$ 838 milhões pela Gazprom – a um preço de US$ 485 por mil metros cúbicos, valor que a Ucrânia não reconhece.

“A falta de vontade da Ucrânia para pagar pelo gás começa a ser crônica e demonstra mais uma vez que a introdução do regime de pré-pago (para receber o gás), previsto pelo contrato (em caso de falta de pagamentos), era a única decisão possível”, disse o presidente da Gazprom.

O corte de fornecimento a Kiev resultou no fracasso das negociações russo-ucranianas com mediação europeia para buscar uma solução para este contencioso litígio entre os países vizinhos sobre o preço do gás russo.

Durante a negociação, a Rússia ofereceu à Ucrânia um desconto de US$ 100 por cada mil metros cúbicos de gás, o que deixaria o preço atual em US$ 385, sendo que Kiev insiste em não pagar mais de US$ 326 como alternativa temporária ao preço que as autoridades ucranianas consideram justo, de US$ 268,5 por mil metros cúbicos.

Esse valor citado esteve vigente durante pouco menos de dois meses graças a uma redução concedida em dezembro por Moscou ao então presidente ucraniano, Viktor Yanukovich. No entanto, esse contrato acabou cancelado após a queda do político, em fevereiro deste ano. EFE

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