Presidente da TAP diz a funcionários que podem ter “confiança no futuro”

  • Por Agencia EFE
  • 11/06/2015 20h25
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Lisboa, 11 jun (EFE).- O presidente da companhia aérea portuguesa TAP, o brasileiro Fernando Pinto, avaliou nesta quinta-feira a oferta ganhadora da licitação para privatizar a companhia e considerou que existem “todas as condições para ter confiança no futuro”.

Pinto enviou uma carta aos trabalhadores, divulgada pela imprensa lusa, na qual afirmou que a oferta apresentada pelo consórcio Gateway – integrado pelo dono da Azul, o brasileiro David Neeleman, e o empresário português Humberto Pedrosa – apresenta sinais “muito positivos”.

“Temos todas as condições para ter confiança no futuro, pois o consórcio Gateway, escolhido pelo governo, garante a conexão a um grupo importante de investidores com longa experiência no negócio da aviação comercial, assim como a um grupo português de grande relevância e solidez na área dos transportes”, afirma Pinto na carta.

O brasileiro, ex-presidente da Varig e que comanda a TAP desde 2000, declarou que no marco atual de “forte exigência e competitividade de nossa indústria, seria cada vez mais difícil para a TAP continuar se expandindo (…) devido às atuais restrições de meios financeiros e de recursos”.

A oferta ganhadora da licitação foi de 354 milhões de euros, que poderá aumentar até 488 milhões em função dos resultados da TAP em 2015.

Dos 354 milhões de euros iniciais, apenas 10 milhões irão para os cofres do Estado e o grosso (338 milhões) será destinado à recapitalização da empresa.

Se a oferta for aprovada, já que necessita ainda do sinal verde da Comissão Europeia, Neeleman ficará com 61% do grupo TAP, enquanto 5% será destinado aos trabalhadores da empresa e o 34% restante ficará sob poder do Estado luso, que poderá vendê-lo ao mesmo comprador em um prazo de dois anos.

Além da companhia aérea, o grupo TAP inclui uma empresa especializada em manutenção e engenharia no Brasil e a firma de gestão de carga e bagagens Groundforce.

A TAP transportou no ano passado cerca de 11,4 milhões de passageiros – recorde da companhia – a 88 destinos na África, Europa e América, continente este último onde é líder nas conexões entre Brasil e Europa, embora, apesar disso, tenha terminado o ano com perdas de 85 milhões de euros.

A companhia aérea, que opera desde 1945, conta com uma força de trabalho de mais de 5.000 pessoas e uma frota de 77 aviões. EFE

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