Primeira-ministra dinamarquesa condena “cínico” ato terrorista de Copenhague
Copenhague, 14 fev (EFE).- A primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, qualificou de “cínico ato de violência” o tiroteio ocorrido neste sábado em um centro cultural de Copenhague, no qual morreu uma pessoa e que a polícia considera um atentado terrorista.
“A Dinamarca foi atacada hoje por um cínico ato de violência. Tudo indica que o tiroteio em Osterbro (bairro onde está situado o centro cultural atacado) foi um atentado político e, portanto, um ato terrorista”, disse ela em comunicado.
O atentado, que ainda feriu levemente três agentes, aconteceu enquanto era realizado um debate sobre liberdade de expressão ao qual participavam o embaixador francês no país, François Zimeray, e o artista sueco Lars Vilks, ameaçado por grupos islamitas há anos por desenhar Maomé com a forma de um cachorro. Os dois saíram ilesos.
Helle Thorning-Schmidt afirmou que todos os recursos policiais estão dedicados à busca dos dois envolvidos e que capturá-los é a prioridade das autoridades.
“Colocaremos todos os meios para encontrar os culpados e levá-los à Justiça”, afirmou.
As medidas de segurança já foram reforçadas na capital dinamarquesa. O carro no qual fugiram os criminosos foi achado vazio a três quilômetros do centro cultural.
A polícia informou que um dos envolvidos é um homem “de traços árabes”, com idade entre 25 e 30 anos, que tinha a parte inferior do rosto coberta por um lenço e que usava uma arma automática.
O evento, com o título “Arte, blasfêmia e liberdade de expressão”, tinha sido organizado pelo Comitê Lars Vilks.
Vilks, de 68 anos, recebe ameaças de vários grupos fundamentalistas islâmicos desde agosto de 2007 quando publicou a charge de Maomé no jornal “Nerikes Allehanda”. Desde então, ele anda com escolta policial. EFE
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