Primeiro-ministro iraquiano ordena fim dos bombardeios em zonas com civis
Bagdá, 13 set (EFE).- O primeiro-ministro iraquiano, Haidar al Abadi, assegurou neste sábado que há dois dias ordenou o fim dos bombardeios aéreos em todas as zonas onde ainda restam civis, embora nelas haja presença de jihadistas do Estado Islâmico (EI).
Em discurso durante o Congresso Nacional para os Menores Deslocados realizado hoje em Bagdá, com presença de líderes políticos, representantes da ONU e da União Europeia, Al Abadi ressaltou que “não quer mais vítimas inocentes”.
O líder acrescentou que o governo iraquiano não vai deixar de perseguir os radicais nas zonas onde se encontram, e por sua vez proteger os iraquianos.
“Daremos prioridade às pessoas deslocadas e estabeleceremos um programa governamental para fazer frente aos problemas dos deslocados e para garantir uma casa e uma mensalidade”, afirmou.
Abadi lamentou que a comunidade internacional tenha demorado “vários meses”para decidir ajudar o Iraque a deter o terrorismo.
Por sua vez, o vice-primeiro-ministro Saleh al Mutlaq advertiu que as consequências psicológicas entre os deslocados serão “perigosas para a sociedade”.
O representante especial da ONU no Iraque, Nikolay Mladenov, celebrou a decisão de Abadi de deter os bombardeios sobre bairros civis e lembrou que o Estado Islâmico é uma ameaça para todos.
“O Iraque não está só perante este enorme desastre humanitário. Estamos proporcionando assistência a mais de um milhão de pessoas deslocadas que necessitam de um lar”, disse Mladenov.
Os jihadistas conquistaram Mossul, a segunda cidade do país, em 10 de junho e declararam um “califado” nas zonas sob seu controle no norte da Síria e Iraque, onde impuseram uma interpretação radical do islã. EFE
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