Quase 100 prisioneiros tentam escapar de prisão do Estado Islâmico na Síria

Beirute, 10 mar (EFE).- Quase 100 prisioneiros tentaram escapar nas últimas horas de uma prisão do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na cidade de Al Bab, no nordeste da província síria de Aleppo, informou nesta terça-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

O número de pessoas que tentaram fugir oscila entre 90 e 95, das quais 30 eram soldados das Unidades de Proteção do Povo – milícia curdo-síria – e combatentes de outros grupos rebeldes.

Por sua parte, o EI mobilizou seus milicianos para recapturar os foragidos e fez chamadas através de alto-falantes para avisar que um grupo de “apóstatas” tinha escapado.

Os jihadistas conseguiram recapturar vários deles, embora o Observatório não detalhe seu número.

Ontem, a ONG havia informado que pelo menos nove membros do EI morreram no final de semana passado em combates entre integrantes desta organização nas imediações de Al Bab.

Os choques se desencadearam depois que no sábado dez jihadistas – um tunisiano e os demais ocidentais – tentaram fugir da Síria através da fronteira com a Turquia para retornar a seus respectivos países de origem.

Os dez foram interceptados por outros milicianos do grupo e foram aprisionados em um centro de detenção do EI nos arredores de Al Bab.

No entanto, os prisioneiros conseguiram convencer seu carcereiro, também membro do EI e de origem saudita, para que os deixassem sair e lhes devolvesse suas armas.

Nesta segunda tentativa de fuga do território sírio, os dez voltaram a ser localizados por outros integrantes da organização, que os enfrentaram em combates que causaram nove baixas, sendo que cinco eram membros do grupo que tentava escapar.

O EI proclamou no final de junho do ano passado um califado no Iraque e na Síria, onde tomou partes do norte e do centro de ambos países.

Segundo a apuração do Observatório, 120 radicais foram assassinados por membros do EI entre outubro e dezembro do ano passado depois que foram capturados pela organização quando tentavam sair da Síria e retornar a seus países. EFE