Rebeldes sírios abatem helicóptero do Exército no norte do país

Cairo, 26 jul (EFE).- Os rebeldes sírios derrubaram nas últimas horas um helicóptero das Forças Armadas da Síria no norte do país e 85 soldados morreram ontem em outro ataque contra um quartel cometido pelo grupo radical Estado Islâmico (EI), informou neste sábado o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Os cinco tripulantes do helicóptero morreram depois que a aeronave caiu sobre o acampamento de Al Nairab, que é controlado pelo regime sírio, na província de Aleppo, no norte do país.

A queda do helicóptero também causou a morte de uma menina e deixou vários civis com ferimentos graves.

Em relação ao ataque dos jihadistas, que ocorreu próximo de um quartel nos arredores da cidade de Al Raqqah, o OSDH afirmou que 85 soldados morreram, ao contrário dos 50 que foram reportados ontem.

Os extremistas capturaram os soldados na cidade de Abu Sharab, depois que os mesmos abandonaram o quartel, base da 17ª Divisão das Forças Armadas.

Ainda é desconhecido o destino de quase 200 outros soldados em Al Raqqah, acrescentou o OSDH.

Por outro lado, pelo menos três combatentes das Unidades de Proteção do Povo Curdo morreram em enfrentamentos com o EI no sul da província de Al Hasaka, no norte.

Ontem, também em Al Hasaka, o EI sofreu “baixas importantes”, segundo a agência estatal de notícias “Sana”, quando tentou atacar uma unidade militar na capital homônima da província.

Nessa cidade, os militares sírios abortaram um ataque dos jihadistas contra a sede do partido governamental Al Baas, segundo a “Sana”.

O OSDH relatou ontem que pelo menos 12 membros do partido político e guardas locais morreram nos confrontos em Al Hasaka.

O diretor dessa organização, Rami Abderrahman, disse à Agência Efe que os ataques dos extremistas em Al Raqqah e Al Hasaka representam a maior ofensiva coordenada do EI contra as forças do regime na Síria, onde até uma semana atrás, estava limitado a combates contra outras facções islamitas.

O EI, uma dissidência da Al Qaeda, proclamou no final de junho um “califado islâmico” nas províncias iraquianas e sírias que estão sob seu controle. EFE