Retirada de insurgentes sírios do centro de Homs é retomada
Beirute, 8 mai (EFE).- A retirada dos rebeldes da parte antiga da cidade de Homs, no centro da Síria, foi retomada nesta quinta-feira pouco antes das 13h locais (7h de Brasília), disse à Agência Efe por telefone o governador provincial Talal al Barazi.
Barazi, que estava no local, afirmou que um novo rodízio de insurgentes abandonou a parte velha da cidade e acrescentou que hoje se completará a retirada sem dar mais detalhes.
O ativista da opositora rede Sham Samer al Homsi explicou à Efe pela internet desde Homs que um grupo de uns 250 rebeldes chegou depois do meio-dia à população de Dar al Kabira, no norte da província, segundo o estipulado no acordo assinado entre ambas as partes.
Homsi apontou que ainda não foi concluída a retirada de todos os insurgentes do centro de Homs, já que ainda há um grande número deles.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que ao mesmo tempo que os opositores chegavam hoje a Dar al Kabira, os rebeldes libertavam 25 pessoas sequestradas em povos de maioria alauita, seita à qual pertence o presidente Bashar al Assad, no norte da província litorânea de Latakia.
Ontem, mais de 900 combatentes se retiraram do centro velho de Homs de ônibus, escoltados pela ONU e a polícia síria, até Dar al Kabira.
Em declaração ontem à noite à televisão oficial, Barazi assegurou que mais de 80% dos opositores abandonaram na quarta-feira o centro antigo, o que representa um total de 980 pessoas.
O governador da província destacou que os combatentes entregaram às autoridades 42 metralhadoras, 17 delas do tipo PK, e nove lança-granadas.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, na quarta-feira foram liberadas 46 pessoas que estavam em mãos dos combatentes, entre as quais estão 12 menores de idade, três mulheres sírias, um iraniano e 30 soldados governamentais.
O acordo foi assinado pelas partes no domingo passado, com a presença de representantes da ONU e da Embaixada do Irã.
Com a saída dos insurgentes e a entrada dos soldados se dará fim a um ataque que durou mais de 20 meses na parte antiga de Homs, um dos símbolos do levantamento contra o regime de Assad, iniciado em março de 2011. EFE
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