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Rodrigo Constantino: Economia de R$ 1,2 trilhão com reforma não é fácil de ser atingida

Depois de ter classificado os dados que embasam a reforma da Previdência como sigilosos, o governo resolveu detalhar os cálculos e a economia gerada com cada item da proposta. O detalhamento foi uma exigência dos partidos para que os deputados possam analisar o texto e propor modificações na comissão especial, a segunda etapa de tramitação da reforma.

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Ao todo, a reforma da Previdência espera um impacto fiscal de R$ 1,236 trilhão em dez anos, sem incluir os militares das Forças Armadas.

Em entrevista coletiva, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou que o impacto per capita na mudanças do regime dos servidores da União é 14 vezes maior que as mudanças projetadas no INSS (iniciativa privada + aposentadoria rural).

O secretário fez questão de destacar este item para rebater a tese da oposição de que as mudanças na reforma da Previdência vão prejudicar os mais pobres. Ele explicou que o impacto geral das mudanças no INSS em termos absolutos é maior (R$ 807,9 bilhões em dez anos) devido ao número maior de beneficiários (71 milhões de pessoas). Isso se compara a menos de 1,5 milhão da União.

Provavelmente a equipe de Paulo Guedes largou falando de R$ 1 trilhão por ser um número redondo e para deixar alguma gordura a ser queimada nas negociações, sem decepcionar muito os investidores depois. Agora o desafio é entregar algo perto desse montante. Não será fácil. Não só um grande esforço de articulação será necessário, como um bom trabalho na área de comunicação, explicando para a sociedade a importância da reforma e rebatendo as falácias divulgadas pela esquerda, como essa de que a reforma atinge os mais pobres de forma desproporcional.

Não se enganem: os que falam isso são “encantadores de asnos” e querem enganar os trouxas para defender os privilegiados do setor público!

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