Rússia denuncia bombardeio contra sua embaixada em Damasco
Moscou, 21 set (EFE).- A Rússia denunciou nesta segunda-feira que sua embaixada em Damasco foi bombardeada ontem com fogo de morteiro procedente da zona controlada pelas forças antigovernamentais, um ataque que não deixou vítimas.
“Condenamos com firmeza o bombardeio criminoso da missão diplomática da Rússia em Damasco”, declarou o Ministério das Relações Exteriores russo em comunicado.
“Esperamos um claro pronunciamento por parte da comunidade internacional sobre este ato terrorista”, manifestou o departamento.
“O que é requerido não são só palavras, mas ações concretas também”, acrescentou.
Segundo o texto, o ataque aconteceu neste domingo de manhã, e não causou vítimas, e procedia de uma zona controlada pelas milícias contrárias ao regime sírio de Bashar al Assad.
O comunicado das Relações Exteriores foi divulgado pouco após uma reunião em Moscou do presidente russo, Vladimir Putin, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que abordaram a situação na Síria e a busca de um mecanismo de coordenação para evitar possíveis enfrentamentos entre suas forças em território sírio.
Durante o encontro, Netanyahu explicou que o objetivo de sua visita a Moscou é expressar sua preocupação pela situação no Oriente Médio e concretamente na Síria, depois que fontes ocidentais denunciaram uma escalada da presença militar russa no país árabe.
“Nestas condições pensei que era muito importante vir aqui para explicar nossa postura e fazer todo o possível para que não haja maus entendimentos entre nossas forças (armadas) e as suas”, disse o primeiro-ministro israelense a Putin.
Netanyahu também acusou o Irã de querer formar, com ajuda da Síria, um “segunda frente” terrorista nas Colinas de Golã, território sírio controlado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias de 1967.
Além disso, o primeiro-ministro disse que “Israel fará todo o possível para evitar a abertura de uma segunda frente nas Colinas de Golã e impedir a provisão de armas ao Hezbollah”, o grupo xiita libanês.
O presidente russo respondeu que “o Exército sírio e a Síria em geral estão em tal situação que não estão para abrir uma segunda frente, tomara consigam salvar seu próprio Estado”, e garantiu a seu interlocutor que “todas as atuações da Rússia na região foram e serão responsáveis”. EFE
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