Rússia e Ucrânia voltarão hoje às mesa de negociação sobre o gás

  • Por Agencia EFE
  • 14/06/2014 09h52
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Moscou, 14 jun (EFE).- A Rússia e a Ucrânia voltarão a se reunir neste sábado em Kiev para buscar uma saída para a disputa que travam sobre o fornecimento do gás russo ao território ucraniano, confirmou o porta-voz oficial da empresa de gás russo Gazprom, Sergei Kupriyánov.

“Agora estamos preparando uma nova reunião em Kiev, que será realizada em um formato diferente do das anteriores. A postura russa nas negociações com a Ucrânia sobre o gás é clara e consequente. Queremos buscar compromissos, mas é inútil tentar nos pressionar”, disse Kupriyanov à agência “Interfax”.

Fontes do governo ucraniano e da Comissão Europeia disseram hoje a vários veículos de imprensa estrangeiros que a Rússia deu marcha à ré e aceitou ter outra reunião negociadora antes de cumprir seu ultimato e cortar a provisão de gás à Ucrânia se não receber até segunda-feira parte do dinheiro que Kiev lhe deve.

Moscou reivindica à Ucrânia o pagamento de US$ 1,95 bilhão antes da próxima segunda-feira sob a ameaça de introduzir a partir de então, caso não receba o dinheiro, o regime de pagamento antecipado pelo gás russo, o que na prática significará o corte de provisão ao país vizinho.

O ministro de Energia da Rússia, Aleksandr Novak, advertiu nesta quarta-feira que seu país não faria novas negociações com a Ucrânia até que completasse esse primeiro pagamento da segunda-feira.

Novak lançou o ultimato ao encerrar a última reunião tripartida em Bruxelas que concluiu sem sucesso pela reticência da Ucrânia de aceitar as concessões da Gazprom.

A Rússia propôs um rebaixamento de US$ 100 por cada mil metros cúbicos de gás, que deixaria o preço em US$ 385, enquanto Kiev quer pagar não mais de US$ 268,5, preço estipulado em dezembro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o então líder ucraniano, Viktor Yanukovich.

Moscou retirou todos os descontos a Kiev após a queda do governo de Yanukovich e elevou o preço do gás russo para US$ 485 pelos mil metros cúbicos. EFE

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