Clube dos centibilionários mostra como o mundo ficou mais rico
Ter US$ 60 bilhões, quantia que era considerada fora da realidade há alguns anos, ainda garante uma vida confortável, mas não assegura uma posição nem entre as 20 maiores fortunas do planeta
Nesta segunda-feira, 12, o índice de bilionários da Bloomberg, que acompanha os mais endinheirados, apontou que Larry Page e Sergey Brin, os dois fundadores do Google, entraram para o clube dos US$ 100 bilhões. Além de criadores do serviço de busca mais conhecido do mundo, ambos são grandes acionistas da Alphabet, a holding que controla o buscador e outras empresas como o YouTube, com mais da metade dos votos no Conselho. Estão afastados dos negócios desde 2019, mas, com a valorização da Alphabet na pandemia, de mais de 80%, cada um ficou US$ 21 bilhões mais rico. Agora fazem parte de duas listas exclusivíssimas: a dos dez homens mais ricos do mundo e dos únicos oito centibilionários do planeta, as pessoas que possuem US$ 100 bilhões ou mais.
Mais ricos do mundo
- Jeff Bezos (Amazon) – US$ 197 bilhões
- Elon Musk (Tesla) – US$ 175 bilhões
- Bill Gates (Microsoft) – US$ 145 bilhões
- Bernard Arnault (LVMH) – US$ 132 bilhões
- Mark Zuckerberg (Facebook) – US$ 118 bilhões
- Larry Page (Alphabet) – US$ 104 bilhões
- Warren Buffett (Berkshire) – US$ 101 bilhões
- Sergey Brin (Alphabet) – US$ 100 bilhões
Na lista geral, liderada por Jeff Bezos, da Amazon, Larry Page ocupa o sexto lugar, com US$ 104 bilhões, enquanto Sergey Brin é o oitavo, com US$ 100 bilhões. Entre eles, Warren Buffett, lendário investidor da Berkshire Hathaway, que possui US$ 101 bilhões. Ter US$ 50 ou US$ 60 bilhões, fortunas que eram consideradas fora da realidade até poucos anos atrás, ainda pode garantir uma vida confortável. Porém, já não assegura um lugar no “top 10” dos mais ricos do planeta. Na real, nem entre os 20. Mackenzie Scott, mulher mais rica (e ex de Bezos), que possui pouco menos de US$ 61 bilhões, tem hoje apenas a 21ª maior fortuna.
A lista atual da Bloomberg é mais impressionante ainda quando se compara quanto era preciso ter de dinheiro para ser o mais rico do mundo dez anos atrás. Em 2011, Carlos Slim, da América Móvil, liderava o ranking, com US$ 74 bilhões. Bill Gates era o segundo colocado, com US$ 56 bilhões, e Warren Buffett, o terceiro, US$ 50 bilhões. Hoje, Gates e Buffett ainda estão entre os mais ricos, com fortunas muito maiores — o criador da Microsoft quase triplicou a sua, enquanto Buffett dobrou. Mas eles perderam posições no ranking para nomes que não estavam na lista dez anos atrás. Nomes, contudo, que representam negócios que avançaram para o topo das maiores empresas do mundo, como a Amazon e a Tesla, hoje na casa do trilhão de dólares. Fruto do aumento extraordinário do conceito de riqueza.
Os três mais ricos de 2011
- Carlos Slim (América Móvil) – US$ 74 bilhões
- Bill Gates (Microsoft) – US$ 56 bilhões
- Warren Buffett (Berkshire) – US$ 50 bilhões
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