Senadora eleita na Colômbia denuncia ameaça de morte e culpa ex-governador

  • Por Agencia EFE
  • 27/04/2014 20h57
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Bogotá, 27 abr (EFE).- A senadora eleita na Colômbia, Claudia López, da Aliança Verde, disse neste domingo que órgãos de segurança do Estado a alertaram para um “risco extremo” de que a assassinem e acusou um ex-governador e chefe de quadrilha.

López, escolhida senadora nas eleições de 9 de março, denunciou em sua conta no Twitter que a União Nacional de Proteção (UNP), vinculada ao Ministério do Interior, informou do perigo que corre sua vida.

Segundo Claudia, que ficou conhecida por denunciar escândalos de corrupção e vínculos de políticos com paramilitares, conhecidos como “parapolítica”, o risco que a assassinem é “extremo”, mas advertiu: “Não sairei do país nem deixarei de fazer o que escolhi. A vida continua”.

A senadora eleita assinalou que as ameaças vêm do ex-governador da Camponesa (norte) Juan Francisco “Kiko” Gómez Cerchar e de Marcos de Jesús Figueroa García, conhecido como “Marquitos”, que seria o chefe de uma quadrilha.

“Infelizmente é um tema que volta e de novo. Não é nada novo. Aparentemente é a mesma gente da Camponesa, o senhor Kiko Gómez que não cede em seu empenho em me matar e o senhor Marquitos Figueroa que é um chefe de uma quadrilha segue livre e impune”, assinalou López.

Há algum tempo, antes que ser eleita senadora, Claudia, em companhia de outros jornalistas e defensores de direitos humanos publicou pesquisas que indicavam que a relação de “Kiko” Gómez são setores ilegais.

Gómez, que era governador da Camponesa, foi detido ano passado e cassado pela procuradoria, que também o afastou por 17 anos do exercício de cargos públicos por sua responsabilidade nas irregularidades nas contratações no departamento.

Gómez enfrenta um julgamento em que é acusado de homicídio agravado, fabricação e porte ilegal de armas de uso privativo das Forças Militares.

A promotoria acusa “Kiko” Gómez de ser o mandante dos assassinatos de Henry Ustariz Guerra, Yandra Brito e Wilfrido Fonseca, e que o crime foi cometido por homens do foragido da Justiça “Marquitos” Figueroa.

Em outubro do ano passado López deixou a Colômbia por alguns meses por supostas ameaças de morte da quadrilha dirigida por Figueroa.

Em outra mensagem no Twitter López acrescentou que a UNP “fez de tudo” para protegê-la, mas o risco aumenta “por causa da cumplicidade do governo e da polícia, além da ineficácia da procuradoria”. EFE

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