Tsipras defende resgate como única opção da Grécia para continuar no euro

  • Por Agencia EFE
  • 14/08/2015 05h36

Atenas, 14 ago (EFE).- O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, classificou nesta sexta-feira o acordo para o terceiro resgate do país como uma “escolha forçosa” do governo, que, após “esgotar todas as vias de negociação”, teve que escolher entre um programa de ajuda com o euro ou o dracma como moeda nacional.

“Perante um ultimato para a saída temporária da Grécia da zona do euro, tomamos a responsabilidade com o povo grego de seguir com vida e continuar a luta ao invés de escolher o suicídio (a saída do euro)”, disse Tsipras em seu discurso perante o plenário do parlamento que concluirá com a votação do acordo.

O primeiro-ministro afirmou não se arrepender de ter tomado esta decisão e, mesmo reconhecendo que o resgate não é um triunfo, garantiu que é a melhor opção que o país tinha em um momento de asfixia financeira.

Tsipras ressaltou que a Grécia se encontra em uma “conjuntura crítica” e é “responsabilidade de todos assegurar a capacidade do país para sobreviver e continuar lutando”.

“Desde 25 de janeiro, tanto no exterior como no interior, alguns tentam atacar este governo”, comentou, pedindo que os demais partidos não ajudem “os círculos ultraconservadores da Europa a torpedear o acordo”.

Tsipras enviou também uma mensagem interna aos dissidentes do seu partido, o Syriza, que mostraram seu desacordo com a negociação do resgate, ao assegurar que “a decisão de não ir à quebra desordenada ou a um memorando com o dracma não era uma opção do momento”, pois “nunca foi nossa escolha ou declaração programática”.

O premiê grego destacou que o governo não recebeu o mandato para tirar o país da zona do euro e que também não era este o dilema no referendo convocado no início de julho, em alusão aos membros de seu partido que lhe acusam de ter traído a vontade do povo.

A expectativa é que a votação do acordo do resgate, que será realizada hoje, seja aprovada com amplo apoio graças ao respaldo da oposição. EFE

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