Tsipras e credores terminam reunião sem acordo sobre série de propostas
Bruxelas, 25 jun (EFE).- O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, e os máximos representantes das instituições credoras terminaram nesta quinta-feira sua reunião sem um acordo sobre uma série de propostas de ambas as partes, disseram à Agência Efe fontes europeias.
As instituições pactuaram uma série de documentos que levarão agora ao Eurogrupo e que incorporam alguns aspectos das propostas gregas, mas que “não foram aceitos por Atenas”, assinalaram as mesmas fontes.
A Comissão Europeia (CE, Executivo da UE), o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) consideram, no entanto, que os documentos, estipulados “unanimemente” e dos quais por enquanto se desconhecem os detalhes “podem ser uma base para um acordo”.
Da reunião já saíram o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, o vice-presidente da CE para o Euro e o Diálogo Social, Vladis Dombrovskis, e o diretor-gerente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling, todos sem fazer declarações.
Fontes do governo grego disseram à Efe que haverá dois documentos sobre a mesa do Eurogrupo, os de Atenas e os das instituições, ao mesmo tempo em que assinalaram que não se porá a Grécia em uma situação de “pegar ou largar”.
A parte grega se mantém firme em suas propostas, que tinham sido qualificadas na segunda-feira como uma “boa base” para um acordo, argumenta Atenas.
Na opinião do governo grego, as propostas do país formam um enfoque “totalmente realista para um acordo imediato”, no espírito da declaração do Eurogrupo do dia 20 de fevereiro quando se prolongou por quatro meses o resgate ao país e se fixaram as condições para o marco de um acordo.
O governo grego mostrou responsabilidade e vontade para apresentar soluções, destacaram fontes oficiais.
Outras fontes da zona do euro disseram à Efe que a proposta das instituições reflete em seu conteúdo “o máximo que puderam se aproximar da Grécia”.
O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, também não fez declarações na entrada do Eurogrupo, enquanto seu colega austríaco, Hans Jörg Schelling, um dos primeiros a chegar, qualificou de “irresponsável” a atitude do governo de Tsipras.
“É estranho o quanto é irresponsável a ação do governo grego com seu país, prolonga o assunto e apresenta novas exigências”, disse, advertindo que, se não houver resultados depois das novas propostas que o Eurogrupo estudará, “então deveremos refletir sobre as alternativas”. EFE
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