Unicef apresenta ferramenta para que empresas avaliem seu impacto na infância

  • Por Agencia EFE
  • 25/08/2014 22h25

San José, 25 ago (EFE).- O Unicef apresentou nesta segunda-feira na Costa Rica uma ferramenta para que as empresas latino-americanas avaliem em seus relatórios de sustentabilidade o impacto que suas atividades têm sobre a infância.

A ferramenta, lançada pelo Unicef e a Global Reporting Initiative (GRI), tem como objetivo criar consciência nas empresas latino-americanas sobre o impacto de suas atividades, sejam negativos ou positivos, sobre os direitos da infância.

O guia oferece às empresas conselhos práticos sobre como incorporar a medição de seu impacto sobre as crianças em seus relatórios de sustentabilidade.

“A GRI proporciona o padrão global mais utilizado do mundo em relatórios de sustentabilidade, o que permite às empresas monitorar e comunicar publicamente seus impactos e desempenho em matéria de sustentabilidade, inclusive questões de direitos humanos”, explicou o Unicef em comunicado.

A ferramenta foi apresentada hoje durante o Segundo Encontro sobre Direitos da Infância e Princípios Empresariais, realizado em San José.

Segundo o Unicef, 76% das maiores empresas na América Latina elaboram relatórios de sustentabilidade relacionados a diversos temas, mas muito poucos incluem os direitos das crianças.

“Muitos clientes e consumidores se sentiriam contrariados se soubessem que alguns dos bens que consumiram foram fabricados às custas do bem-estar de uma criança”, explicou no comunicado a diretora da GRI na América Latina, Andrea Pradilla.

No entanto, Pradilla afirmou que na atualidade existe um “convencimento global, cada vez mais generalizado, que as empresas têm a responsabilidade de respeitar os direitos humanos”.

A diretora do GRI acrescentou que a ferramenta pode ajudar “a proteger às crianças e a transformar as empresas”.

O especialista em empresas e direitos de infância do Unicef para a América Latina, Marcelo Ber, disse que espera que cada vez mais empresas se decidam a incluir os direitos das crianças em seus planos de sustentabilidade.

“Convidamos às empresas a tomar consciência do impacto nas crianças de seus produtos, comunicações e políticas com provedores e empregados, adotar medidas a respeito e atuar com transparência neste âmbito”, declarou Ber. EFE

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