Vacina experimental contra ebola mostra boa tolerância em teste clínico

  • Por Agencia EFE
  • 02/12/2014 11h11
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Genebra, 2 dez (EFE).- Os primeiros 34 voluntários que participaram do teste clínico de uma vacina contra o ebola mostraram uma boa tolerância e não foram observados efeitos secundários preocupantes, comunicou nesta segunda-feira o Hospital Cantonal de Genebra.

O centro hospitalar iniciou este teste, a pedido da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 10 de novembro com a vacina experimental VSV-ZEBOV, desenvolvida pela Agência de Saúde Pública do Canadá.

O Comitê de Ética da OMS avaliou os remédios e vacinas experimentais com mais possibilidades de serem produzidas rapidamente e considerou que podiam acelerar os testes com certos produtos, entre eles a vacina que é testada em Genebra.

O hospital indicou que após receber a vacina, os voluntários ficaram sob observação durante uma hora e meia para detectar qualquer sintoma alérgico, essencialmente, já que são os primeiros que aparecem em caso de efeitos secundários.

“Até agora não foi observado nenhum efeito secundário preocupante: as injeções provocaram respostas inflamatórias que eram esperadas. Estas foram de intensidade leve a moderada”, precisou a equipe a cargo deste teste, que deve ser realizado com um total de 115 voluntários.

Cada injeção contém de 10 a 50 milhões de partícula da vacina.

Alguns voluntários receberam, por outro lado, um placebo, mas todos serão observados e receberão um acompanhamento similar, que inclui controles durante os três primeiros dias após receber a vacina em visitas que duram entre 20 e 30 minutos.

Essas entrevistas mostraram que os voluntários responderam à vacina com uma reação inflamatória que durou desde algumas horas até dois ou três dias, mas sem nenhum efeito secundário realmente preocupante.

Depois, o acompanhamento é feito em intervalos de duas semanas, um mês e três meses depois da injeção.

No caso dos voluntários que tinham previsto viajar aos países afetados pela epidemia do ebola, o acompanhamento nas semanas e meses posteriores será realizado por telefone.

A observação terminará após seis meses da ingestão da vacina, com uma última visita na qual será realizada um teste de sangue para assegurar que não há efeitos secundários a longo prazo e determinar se a resposta imunitária gerada pelo organismo depende da quantidade de dose recebida.

O teste continuará até o começo de 2015 com 15 voluntários por semana, de maneira paralela aos que são realizados com a mesma vacina no Canadá, Estados Unidos, Alemanha e Gabão, e que em breve deve começar no Quênia. EFE

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