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Dificuldade em formar quórum no STF deixa decisões importantes para as calendas

Divergência entre ministros impediu conclusão de julgamento sobre delações da JBS

Após os votos de nove ministros (dois não compareceram à sessão), o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu nesta quinta-feira (7) o julgamento que decidirá se Assembleias Legislativas podem revogar a prisão de deputados estaduais determinadas pela Justiça.

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A corte julgou as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adin), da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), contra as normas das Assembleias Legislativas do RN, RJ e MT, que revogaram as prisões de deputados estaduais sem o aval da Justiça.

Votaram pela proibição da revisão: Edson Fachin, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli e Cármen Lúcia. Já Marco Aurélio Mello, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Celso de Mello são favoráveis a manutenção das imunidades. No entanto, o resultado foi declarado pela ministra Cármen Lúcia “como provisório”, pois ainda faltam votar Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso, que não participaram da sessão.

O mais provável é que vença a tese de que essas garantias de imunidade não poderão ser estendidas a deputados estaduais. Essa é a maioria até agora, pelo menos. Faltam votar dois ministros, se um deles votar a favor da maioria já formada, ocorrerá uma maioria definitiva a favor de tal entendimento.

Mas agora a dúvida é quando os ministros se designarão a votar. Tem sido difícil formar quórum completo no Supremo, e assim as coisas vão ficando para as calendas.

Ainda existem impasses na Corte bastante dividida, e os placares apertados têm se dado em questões centrais para investigações penais e nas da Lava Jato. A questão do foro privilegiado, prisão após condenação em segunda instância também têm seus obstáculos.

O ideal seria que o STF deliberasse de uma vez por todas, para não deixar em dúvida o futuro de investigações importantes.

Confira o comentário completo de Vera Magalhães:

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