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Dinheiro na Suíça pode levar Paulo Preto a retomar negociação de delação

Brasil, São Paulo, SP. 31/10/2010. Ex-diretor de engenharia da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, chega ao Colégio Joana D'Arc, na zona sul da capital paulista, onde votou para as eleições nacionais de 2010. Na época, segundo a reportagem da revista IstoÉ, Paulo teria desviado 4 milhões de reais da campanha para a Presidência da República do candidato José Serra, do PSDB. - Crédito:ROBSON FERNANDJES/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Codigo imagem:114190

Suspeito de ser operador do PSDB, o ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, tinha R$ 113 milhões em contas no exterior, segundo documentos enviados ao Ministério Público Federal em São Paulo por autoridades da Suíça.

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Já alvo de investigação no STF sob suspeita de ser operador do senador José Serra (PSDB-SP) em desvios de recursos do Rodoanel, Paulo Preto também é investigado em SP.

O Ministério Público suíço compartilhou espontaneamente com os procuradores em São Paulo as informações sobre quatro contas no banco suíço Bordier & Cie em nome de uma offshore panamenha Groupe Nantes S/A.

O que antes era uma espécie de “assunto proibido” durante a gestão tucana de José Serra agora começa a apresentar um potencial de estrago.

A ligação entre Preto e Serra era nebulosa. Já há alguns anos, desde um pouco antes da Lava Jato, o assunto começa a vir à tona. Paulo Preto virou pedra no calcanhar dos tucanos em 2010, quando começou a ser associado ao nome de José Serra. Se dizia que ele operava caixa dois dos tucanos, mas não havia informações para lastrear os dados.

Se traçarmos um perfil, Paulo Preto mistura Delúbio Soares, Marcos Valério e Paulo Roberto Costa. Ele era o caixa, mas também era diretor dentro de uma empresa pública.

Sobre a possibilidade de delação, a confirmação é de que ele está negociando e chegou a sentar com promotores paulistas, mas chegou a ser dissuadido pelos tucanos. Diante do batom na cueca, da digital em dinheiro no exterior, isso pode ocorrer. Ele deve voltar a negociar delação.

Confira o comentário completo de Vera Magalhães:

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