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Para obter quórum, Governo estimula até mesmo presença de indecisos e oposição

Michel Temer - EFE

Ainda não é possível cravar, mas a situação às vésperas da votação da denúncia contra Michel Temer no plenário da Câmara é paradoxal. O Governo começa a estimular a presença de indecisos e deputados contrários ao presidente de modo a garantir quórum nesta quarta-feira (02).

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Certo de que não haverá 342 votos para que a denúncia seja analisada pelo Supremo, o Governo já pede a presença de todos os deputados. Líderes governistas pedem a deputados que ameaçavam uma ausência a marcar presença, mas declarar abstenção na hora de votarem.

A intenção de Temer é colocar entre 290 e 300 deputados em plenário e constranger a oposição a marcar presença, conquistando assim o número mínimo para a votação.

O Governo precisa de 342 deputados para iniciar a votação, e a base acredita que de 200 a 215 deputados devem votar a favor do peemedebista.

O presidente tem nesta terça-feira (01) um almoço com os representantes das bancadas da Bala, do Boi e da Bíblia, onde estão muitos dos deputados indecisos. A intenção é que os deputados ao menos compareçam para votar.

Influência de Janot?

Ao referendar e reiterar o pedido de prisão de Aécio Neves, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que a manutenção do político no cargo é prejudicial às investigações. Janot entendeu, por exemplo, que o jantar entre Temer e Aécio no final de semana influenciaria nos votos do PSDB a favor de Temer no plenário.

Mas ainda há a crítica de que Janot atua de forma política e isso criou uma certa “solidariedade” em relação ao presidente. Foi ação para influir na denúncia, mas o efeito parece ter saído pela culatra.

Assista ao comentário completo de Vera Magalhães:

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