Vera: Bolsonaro pratica velha política e coloca filho novamente no poder

  • Por Jovem Pan
  • 17/10/2019 08h08 - Atualizado em 17/10/2019 10h41
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Eduardo assumiu o cargo de líder do PSL na Câmara até dezembro

Ao ligar pessoalmente para os deputados para pedir a saída do Delegado Waldir da posição de líder do PSL na Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) colocou o partido dentro de uma “guerra de listas”, uma prática muito comum da velha política. Após uma lista ser feita para depor Waldir, outra foi realizada para reconstituí-lo e uma terceira, ainda, pediu sua deposição novamente.

Esse tipo de conduta sempre foi muito comum no velho MDB, o PMDB, quando Eduardo Cunha e Gedel Vieira Lima tinham o mesmo comportamento: faziam diversos duelos de listas, protocolando uma e depois outra.

Para além da guerra da papelada, ao se envolver na briga, Bolsonaro mostra, mais uma vez, que só confia em sua família. Isso porque quem assumiu o posto – mesmo que com promessa de novas eleições para o cargo em dezembro – foi seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Como sempre, colocando os filhos em primeiro lugar.

A postura do presidente também demonstra que, aparentemente, ele desistiu de deixar o PSL: escolheu ficar e brigar pelo posto de comando, além, é claro, do controle do fundo partidário, algo também admitido por ele.

 

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