Vera: Governo errou ao condicionar Previdência a pactos e emendas no Senado
O governo federal cometeu um grande erro ao aceitar condicionar a tramitação da reforma da Previdência no Senado Federal ao pacto federativo e a emendas pedidas pelos parlamentares. Ao aceitar o acordo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tomou uma decisão irracional: após tanto trabalho e uma longa jornada de convencimento dos deputados na Câmara, e da sociedade, que aceitou abrir mão de sua aposentadoria, travar a aprovação do texto em sua última etapa foi um tiro no pé.
Mas o governo topo, e a proposta ficou na mão dos senadores. Apesar de ter iniciado as medidas prometidas, a gestão de Jair Bolsonaro (PSL) empacou em alguns detalhes desse acerto, como a divisão dos recursos entre Estados e municípios e qual volume vi para cada um desses entes. Com o atraso, o Senado passou a ameaçar a atrasar ainda mais o segundo turno da votação, programado para acontecer até o próximo dia 15.
Nesta quarta-feira (2), durante a votação do primeiro turno, os senadores foram muito claros ao afirmar que fizeram a tramitação até aqui, como o combinado, mas que daqui para frente a continuidade do processo depende do atendimento de suas demandas. Agora, com pouca articulação política, resta saber se o governo vai cumprir os acordos para que a votação aconteça na semana que vem ou se o projeto será ainda mais adiado.
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