Vinho “ecológico” espanhol certificado desembarca no mercado brasileiro

  • Por Agencia EFE
  • 25/07/2014 20h02

São Paulo, 25 jul (EFE).- O mercado brasileiro de vinhos ganhou mais sofisticação com a chegada de um vinho “ecológico” certificado pela União Europeia que foi apresentado nesta sexta-feira em uma feira de degustação de São Paulo.

Trata-se do vinho espanhol Pinagua, da região de Castilla-La Mancha, que se destaca por ter uma produção familiar com tradição de 200 anos, como contou a produtora e enóloga Ester Pinagua, neta do criador da marca.

“É muito mais que uma adega de três gerações, mas um respeito pela tradição, cultura, forma de fazer e pelo campo, onde aproveitamos os distintos tipos de solos para conseguirmos diferentes sabores”, destacou a produtora.

Ester explicou que o vinho familiar evidenciou-se no mercado com o selo “ecológico” de reconhecimento da Comunidade Econômica Europeia, que traduz “um cultivo no qual se intervém o menos possível, onde se valoriza a natureza do solo e, especialmente, o cuidado com a fruta”.

Com produção orgânica, Ester descreve a bebida da família como “concentrada e forte, mas frutada e diferente” por ser curtida em barril de carvalho por cerca de 12 meses.

Com a filosofia de mesclar sabores e preservar a fruta, a família Pinagua se consagrou na Espanha pelos sabores Merlot e Tempranillo, com acentuada característica de “rotação de solos”.

A importação do vinho no Brasil será exclusiva do Grupo Saint Marche e Empório Santa Maria, que organizaram a feira de degustação.

Além da reconhecida produção espanhola, adegas chilenas, argentinas, francesas, italianas e portuguesas apresentam seus principais tintos, brancos e proseccos.

É o caso da vínicola Botalcura, que apresentou quatro variedades formadas pela mistura de uvas Syrah e Malbec envelhecida em barril de carvalho francês por 18 meses.

“Nossos vinhos tem uma influência costeira importante, o que os tornam frescos e frutosos. A ideia é fazer misturas interessantes (de tipos de uvas), mas que marquem as diferenças de sabor e encante o cliente. Syrah e Malbec fazem um bom complemento”, explicou o enólogo Rodrigo Ruiz.

A gerente de exportação da LD Vins, da França, Constance apresentou os principais vinhos da região de Bourdeaux, uma das mais aclamadas áreas para a produção da bebida.

Para ela, os vinhos franceses caem bem com queijos e carnes de sabor acentuado: “Os vinhos tem o aroma dos barris de carvalho que podem ser guardados de 5 a 15 anos e harmonizam bem com queijos fortes”.

A feira reuniu também as víncolas Viniterra, da Argentina, Heredad de Baroja, Espanha, Masottina, Il Vino e Castello Della Paneretta, da Itália, Quinta do Vallado e Quinta do Casal Monteiro, de Portugal. EFE

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