‘Reforma é oportunidade para resolver a carga tributária mais complexa do mundo’, diz deputado
Sérgio Victor ressalta que os Estados concordam com a proposta, considerada pelo parlamentar como a ‘solução’ para a substituição do ICMS
O deputado estadual Sérgio Victor, líder do partido Novo na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) defendeu que a reforma tributária é o caminho para a desburocratização do sistema e para a substituição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a nível nacional. “Pela primeira vez temos todos Estados concordando com reforma tributária, que antigamente tinha uma pressão para que não acontecesse. A gente tem uma boa oportunidade de resolver a carga tributária mais complexa do mundo”, disse em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta quinta-feira, 20, ressaltando que a legenda defende a aprovação da PEC 45, que inclui a extinção de cinco tributos e a adoção do Imposto sobre operações com bens e serviços (IBS). Sérgio Victor lembrou que a Alesp aprovou um projeto de aumento do ICMS em vários setores no Estado, uma decisão que tem sido revertida. “Com várias brigas constantes temos conseguido isentar em algumas áreas ou reduzir carga tributária de alguns setores. No mundo ideal, não tem diferença entre os setores. A gente precisa urgentemente da reforma tributária no âmbito federal. Mas, por enquanto, a gente vem conseguindo mudar a carga tributária no Estado de São Paulo“, completou.
O parlamentar citou ainda os impactos da pandemia de Covid-19 em diversos segmentos da economia, como o comércio, e falou sobre as privatizações no Estado, afirmando que “não dá para negar que foi feito um bom trabalho de desestatização” ao longo do governo de João Doria, com a privatizações e extinção de empresas estatais. Sérgio Vitor finalizou rebatendo a também deputada Janaína Paschoal, que criticou o partido do deputado, afirmando que a legenda não tem nada de “novo”. Em resposta, o parlamentar ressaltou a necessidade de diálogo para consenso entre os membro da Alesp. “Depende do diálogo para encontrar consensos, essa fala dela não faz sentido algum. Poderia rebater dizer que ela fez diálogo da forma errada. Poderia dizer que ela virou o voto, a gente conseguiu obstruir por três semanas na Assembleia. Depois de um bom tempo obstruindo, foi o voto de minerva dela que concedeu o aumento de imposto [ICMS] no Estado de São Paulo em meio à pandemia. Então fica confusa a fala dela.”
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