CPMI do 8 de Janeiro começa com montagem de equipe e tentativa de obstrução do governo

Em relação ao cronograma de audiências, relatora defende a realização de duas sessões por semana — Planalto chegou a propor que fosse só uma, como forma de obstruir o avanço dos trabalhos; Maia quer três

  • Por Claudio Dantas
  • 31/05/2023 12h17 - Atualizado em 31/05/2023 13h42
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Carl de Souza/AFP - 09/01/2023 Foto de uma janela quebrada no Palácio do Planalto, em Brasília Foto de uma janela quebrada no Palácio do Planalto, em Brasília, do dia 8 de janeiro de 2023; manifestantes invadiram o Congresso, o Palácio do Planalto e o STF

A CPMI do 8 de Janeiro se reúne amanhã para votar o plano de trabalho que será apresentado pela relatora, a senadora Eliziane Gama (Cidadania), enquanto o presidente da comissão, o deputado Arthur Maia (União Brasil), define o corpo técnico que deverá assessorar o colegiado nas investigações. Já foi feita a requisição de dois delegados da Polícia Federal, além de uma dezena de técnicos legislativos. Avalia-se a possibilidade de convocação de algum integrante do Ministério Público.

Em relação ao cronograma de audiências, surgiu uma divergência entre Maia e Gama. A senadora defende a realização de duas sessões por semana — o Palácio do Planalto chegou a propor que fosse apenas uma por semana, como forma de obstruir o avanço dos trabalhos. O deputado acredita que a comissão deve se reunir pelo menos três vezes por semana, para conseguir ouvir autoridades, empresários e manifestantes, requisitar e analisar documentos, e cumprir diligências.

Integrantes da comissão pretendem pedir cópia do inquérito que tramita no Supremo, perícia das imagens do GSI e relatórios de inteligência produzidos pela PF, pela Abin e demais serviços de informação. A CPMI do 8 de Janeiro deve durar seis meses, mas pode ser prorrogada. Além de apurar os atos de organização e financiamento da invasão às sedes dos Três Poderes, o colegiado deve investigar a eventual omissão de autoridades.

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