Saiba como equilibrar a iluminação nos ambientes da sua casa
Especialistas ensinam como valorizar a luz dos espaços e trazer beleza, praticidade e aconchego
A iluminação vai muito além da praticidade. Ela influencia as cores dos ambientes, a sensação de amplitude e, inclusive, as emoções das pessoas. Feita com a técnica certa, ela pode transformar completamente um espaço. Segundo a arquiteta e urbanista Bruna Duimoulin, não existe uma regra exata na hora de escolher a iluminação, pois deve-se levar em conta as preferências de cada pessoa.
“Mas, o mais recomendado é que em ambientes de descanso e relaxamento, como salas e quartos, se utilize uma iluminação mais indireta, que é mais suave e agradável e de temperatura quente (mais amarelada)”, indica. Esse tipo de iluminação promove aconchego, o que pode melhorar a qualidade do sono.
A designer de interiores Larissa Santo, por sua vez, sugere colocar mais de um ponto de luminosidade em ambientes como sala de jantar e TV. “Assim te possibilita criar cenários e deixar o ambiente conforme sua necessidade, por exemplo, um cenário para receber os amigos, outro para assistir uma série”, recomenda.
A seguir, veja como utilizar corretamente a iluminação em cada ambiente da casa.
Quarto
Para o quarto, a arquiteta e urbanista Paula Blankenstein indica analisar como você usa esse ambiente. “Ele idealmente precisa receber a iluminação natural da manhã para o despertar. Qualquer iluminação na verdade precisa ter a quantidade de intensidade certa. Você pode complementar a luz natural com iluminação paralela decorativa ou com abajur e iluminação de teto, pois é um ambiente mais propenso a relaxar”, recomenda.
Sala de jantar
Para a sala de jantar, Paula Blankenstein sugere criar um ambiente que possibilite apreciar as refeições de forma aconchegante. “É muito interessante para a sala de jantar a iluminação com pendentes, porque conseguimos ter conversas sem iluminação forte no olho. O ideal é iluminar a mesa, criando o ambiente mais cênico, nesse caso, o foco da iluminação é mais a comida do que a interação social”, explica.
Cozinha
Na cozinha, Bruna Duimoulin indica o uso de uma iluminação mais neutra, pois é a que mais se aproxima da luz solar. “Reproduz fielmente as cores reais dos objetos, alimentos etc. De preferência combinada à iluminação natural, caso o ambiente possua uma boa incidência. E a melhor distribuição é de forma difusa, que ilumina o ambiente por completo”, explica. Ela também recomenda complementar com pontos de luz diretos em bancadas e áreas que tenham maior necessidade de claridade.
Banheiro
Para o banheiro, Bruna Duimoulin sugere pensar no efeito que se quer criar. “Eu gosto da ideia de uma iluminação mais próxima à natural, especialmente nos pontos em que ficam o chuveiro e o lavatório, mas também é possível utilizar iluminação de tom quente sem maiores problemas. E o ideal é trabalhar com iluminação direta para melhor distribuição da luz”, explica a arquiteta e urbanista.
Paula Blankenstein, líder de Arquitetura da Yuca, lembra como o banheiro pode ser um espaço versátil: “Hoje em dia virou nosso SPA diário. Uma arandela te ajuda a enxergar melhor, uma boa iluminação com foco no rosto direcionada para a sua posição no espelho. É importante que o banheiro seja bem iluminado para que também ajude na hora da limpeza”, recomenda.
Ambientes integrados
Os ambientes integrados necessitam de um pouco mais de cuidado na hora de compor a iluminação. “O principal ponto é não misturar muito a temperatura da cor. Então, por exemplo, dar preferência à luz neutra que pode ser usada em todos os ambientes, ou mesclar a neutra com a amarela, assim você conseguirá uma boa iluminação”, explica Larissa Santo.
Bruna Duimoulin acrescenta que é possível também usar a luz natural para fazer a iluminação geral, e a setorização por ambientes com luz direta. “Lâmpadas dicroicas assumem bem essa função nas salas e varandas. Arandelas de parede também são bem-vindas em salas de estar e varandas”, indica Bruna Duimoulin.
Escritório em casa
A claridade nesse ambiente é fundamental para ajudar no desempenho do profissional. “Se não houver uma boa incidência de luz natural, é muito importante trabalhar com luz direta sobre a bancada de trabalho, e o tom da iluminação recomendado é o frio, pois ajuda a nos manter acordados e estimulados”, explica a arquiteta e urbanista Bruna Duimoulin.
Apesar de a claridade do escritório precisar ser um pouco mais intensa, para que a pessoa enxergue sem dificuldade a área de trabalho, é importante equilibrar a forma que essa luz é projetada. “É necessário iluminar a mesa e ter uma iluminação homogênea na superfície. O ideal é que se tenha uma boa iluminação, mas que ela não vá direto para a tela do computador”, aconselha Paula Blankenstein.
Áreas externas
A iluminação também pode dar um toque especial às áreas externas. “Para jardins, temos as luminárias embutidas de solo, espetos, postes e arandelas de parede. Nas varandas, é possível se utilizar de pendentes, spots direcionáveis, luminárias de piso e de arandelas”, explica Bruna Duimoulin.
A designer de interiores Larissa Santo indica sempre tentar deixar esses ambientes mais claros. “Em varandas, a diversidade aumenta, pois podemos brincar com a iluminação no teto, paredes e até no chão. Mas não se esqueça de verificar, caso você more em condomínio, se pode alterar a iluminação”, recomenda.
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