Veja os perigos de medicar animais sem a orientação de um veterinário
Se não usados corretamente, remédios podem colocar em risco a saúde do seu pet
Assim como os seres humanos, os animais também estão sujeitos a ter problemas de saúde por diversos motivos. Às vezes, diante de uma situação em que o bichinho não está muito bem, alguns tutores, na intenção de ajudar, acabam optando por medicá-lo sem a prescrição de um médico veterinário.
Contudo, esse tipo de atitude pode oferecer uma série de riscos para a saúde do animal e, inclusive, colocar a vida dele em risco. Para cada problema de saúde, existe um tipo de tratamento mais adequado. Entretanto, ele só pode ser indicado após o diagnóstico de um veterinário, que é o profissional que possui conhecimentos tanto sobre o animal quanto sobre os medicamentos e doses seguras.
Riscos aos animais
De acordo com Valéria Natascha Teixeira, médica veterinária e professora do curso de Medicina Veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), o uso de medicamentos inadequados e em doses erradas pode não funcionar para o animal, mascarar problemas de saúde ou desencadear efeitos graves, como gastrite, lesão renal, hepática e, inclusive, levar à morte.
Mesmo que o médico veterinário tenha indicado o medicamento para outro cachorro ou gato com sintomas semelhantes, o remédio consumido por um animal pode não ser a melhor escolha para o outro. “Existem algumas raças que são sensíveis e podem ter intoxicações com determinadas medicações”, alerta a profissional.
Medicamentos de uso humano
Os perigos para a saúde do animal podem ser ainda maiores com a administração de remédios de uso humano, mesmo que em pequenas doses. Os pets possuem organismo diferente das pessoas e, consequentemente, a ação dos fármacos não é a mesma. “Alguns medicamentos não são metabolizados pelos animais ou algumas substâncias produzidas pela ação destes medicamentos podem causar danos”, afirma a médica veterinária.
Ainda segundo Valéria Natascha Teixeira, esses medicamentos podem conter diluentes e outras substâncias que causam reações sérias nos animais e podem, até mesmo, levá-los à morte. A exemplo de remédios humanos nocivos para os pets, estão: paracetamol e aspirina para gatos e diclofenaco para cães e gatos.
Remédios fitoterápicos
Os medicamentos fitoterápicos, apesar de serem produzidos com princípios ativos de partes de plantas, também podem ser nocivos aos animais. “Existem riscos da mesma maneira que o uso de medicamentos comerciais. Os fitoterápicos podem ser indicados para tratar animais quando indicados pelo médico veterinário”, explica a professora de Medicina Veterinária da PUCPR.
Acidentes
Segundo Valéria Natascha Teixeira, acidentes com animais acontecem com certa frequência e os cuidados devem ser redobrados para prevenir a ingestão de medicamentos, assim como outros produtos e materiais que podem ser bastante perigosos para os pets, como desinfetantes, detergentes, madeira, fios elétricos, tecidos, plásticos, areia, tijolos, entre outros. No caso de ingestão acidental, o animal deve ser encaminhado imediatamente para atendimento veterinário.
Casos de emergências
Em situações emergenciais, também não é indicado automedicar o pet. Nesses casos, o correto é levá-lo o mais rápido possível a um veterinário. “Na presença de alguma doença crônica, que pode trazer problemas emergenciais, o médico veterinário pode indicar quais medicamentos podem ser necessários para uma situação que precise de intervenção rápida ainda em casa”, acrescenta Valéria Natascha Teixeira.
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