Maiores colégios eleitorais do país vão às urnas e SP deve ter 2º turno mais acirrado dos últimos 12 anos

  • Por Jovem Pan
  • 28/10/2018 06h53
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Montagem/Estadão Conteúdo João Doria e Márcio França estão empatados tecnicamente em votos válidos na disputa pelo Governo de SP

Neste domingo (28), os maiores colégios eleitorais do país escolherão seus novos governadores. O estado de São Paulo, com maior soma de eleitores, terá segundo turno pela primeira vez em 16 anos. A última vez que isso aconteceu foi em 2002, quando Geraldo Alckmin, recém empossado como governador após a morte de Mário Covas, desbancou José Genuíno, do PT e candidato de Lula – que se elegeu presidente pela primeira vez naquele ano.

Agora, quem concorre ao cargo é João Doria, do PSDB, e o atual governador, Márcio França, do PSB. Ambos têm ligação direta com Geraldo Alckmin. A disputa será difícil. Isso porque a própria presença de França no segundo turno é uma surpresa. O candidato, que herdou o governo estadual após a saída de Alckmin que concorreu para presidente, estava em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto anteriores ao primeiro turno.

Na disputa de narrativas e troca de farpas com Doria em debates, França alcançou o psdbista e, de acordo com o Datafolha desta quinta-feira (25), a distância entre os candidatos caiu de seis para quatro pontos percentuais, o que os coloca em empate técnico no número de votos válidos, embora Doria mantenha a liderança pela margem de erro de dois pontos.

Outros estados

Minas Gerais e Rio de Janeiro, que seguem São Paulo na lista dos maiores colégios eleitorais, também terão segundo turno. Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral, a disputa será entre Romeu Zema, do Novo, e Antonio Anastasia, do PSDB, que tiveram, no primeiro turno, 42,73% e 29,06% dos votos válidos, respectivamente.

Zema é empresário e tem 53 anos, ele foi o único candidato do Novo a um governo estadual que se deu bem nas urnas. Ele concorrerá com um veterano da administração pública, ex-governador do estado por um mandato e meio, pois sua primeira experiência no gabinete foi em 2010, quando Neves deixou o executivo estadual para concorrer ao senado. Nesta corrida, o Datafolha aponta provável vitória de Romeu Zema, que tem 68% das intenções de votos válidos contra os 32% de Anastasia.

Já no Rio de Janeiro, a disputa acontecerá entre Eduardo Paes, do DEM, e o novato Wilson Witzel, fuzileiro naval reformado e juiz civil e criminal, filiado ao PSC. O fuzileiro ganhou espaço graças a retorica da novidade. Na reta final, recebeu apoio do senador eleito pelo PSL, Flávio Bolsonaro. Já Paes, que foi prefeito do Rio de Janeiro entre 2008 e 2017, migrou do MDB para o DEM mirando o governo estadual. De acordo com a última pesquisa do Datafolha para o estado, Witzel segue na frente com 56% dos votos válidos contra 44% de Eduardo Paes.

O Distrito Federal e outros dez estados também terão segundo turno, são eles: Amapá, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Pará, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe, Roraima e Santa Catarina.

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