Cidade Administrativa pauta 1º embate entre Pimentel e Anastasia
A discussão começou na segunda-feira (23), quando Anastasia criticou Pimentel por ter fechado o Palácio Tiradentes, um dos prédios do complexo administrativo, e voltado a utilizar o Palácio da Liberdade como sede do Poder Executivo estadual. Em fevereiro, o petista anunciou a decisão alegando que a mudança proporcionaria uma economia de até 40% dos gastos.
Durante um evento do PSD – um dos partidos que estão na coligação tucana -, o senador declarou que a construção da Cidade Administrativa foi planejada para fomentar desenvolvimento no vetor norte da capital mineira, e, com o fechamento do Tiradentes, Pimentel “fechou os olhos para a região”.
No dia seguinte, o governador divulgou um vídeo classificando a fala de Anastasia como “conversa fiada”, e disse que a construção da Cidade Administrativa foi “desnecessária”. “Que empresa que foi atraída para aquela região? Nenhuma. Aquilo ali é um símbolo do desperdício”, afirmou.
Foi a primeira vez, desde o começo da pré-campanha, que o petista respondeu às acusações diretas do tucano. Segundo Pimentel, “só com ar-condicionado” do complexo o governo tem gastos mensais de R$ 10 milhões. Em junho, o Estado revelou que os gastos eram de R$ 9 milhões por mês em despesas como iluminação, limpeza, serviços terceirizados e segurança, segundo dados da Secretaria de Planejamento e Gestão.
Em nota, o PSDB disse que “ou o governador desconhece totalmente as contas do Estado ou quer mentir e mais uma vez enganar deliberadamente o povo mineiro”.
Na quinta (26), também em nota, o diretório estadual do PT lembrou que a Cidade Administrativa é alvo de investigações por suspeita de superfaturamento. No texto, Anastasia é chamado de “demagogo” e por “defender gastos de R$ 2 bilhões em um conjunto de prédios luxuosos absolutamente desnecessários ao povo de Minas”.
Aécio. A construção do conjunto de prédios inaugurados em 2010 custou R$ 1,3 bilhão e, desde a abertura da nova sede que abriga as secretarias do governo, R$ 603 milhões foram gastos com a manutenção do local. O complexo entrou na mira da Operação Lava Jato após delatores afirmarem que o então governador, Aécio Neves (PSDB), recebeu cerca de R$ 5,2 milhões como propina da Odebrecht. Aécio nega as acusações.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.