Alckmin alerta para ‘candidatura folclórica’ de Bolsonaro: ‘É o anti-PT que vai trazer o PT de volta’

  • Por Jovem Pan
  • 25/09/2018 14h12 - Atualizado em 25/09/2018 15h51
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Bruno Lima/Jovem Pan Tucano esteve no programa Pânico da Jovem Pan

O candidato Geraldo Alckmin participou nesta terça-feira (25) de mais uma entrevista da série de sabatinas com os presidenciáveis promovida pelo programa Pânico. Durante a conversa, ele minimizou mais uma vez o cenário mostrado nas mais recentes pesquisas de intenção de voto e atacou a candidatura “folclórica” do líder Jair Bolsonaro (PSL).

“Meu argumento é o que o Mario Covas sempre falou: no primeiro turno, o eleitor escolhe. Tem treze candidatos, ele escolhe um. No segundo, o eleitor rejeita. E o Bolsonaro perde para qualquer candidato. Candidaturas folclóricas não resistem. Jânio Quadros, Paulo Maluf. Não passa mais. É só olhar a rejeição. A do Bolsonaro é enorme. Tudo que o PT quer é ele no segundo turno. Ele é o passaporte para o PT voltar. Vota no Bolsonaro e elege o PT (…). O PT criou uma divisão no Brasil de nós contra eles. O resultado é o outro lado. O anti-PT. Mas um anti-PT que a gente tem que alertar que no fim vai trazer o PT de volta”, disse.

“Os institutos são corretos, mas não conseguem pegar a virada. Em 2014, até uma semana antes da eleição, a Marina Silva iria ao segundo turno. E o Aécio Neves cresceu 9 pontos na véspera. Com todo respeito aos candidatos. Quando o Bolsonaro foi vítima de um atentado covarde… uma coisa é solidarizar com quem foi vítima, outra coisa é escolher uma presidente para os próximos 4 anos na situação grave em que o país está”, completou.

‘Prometer reformas sem maioria é conversa fiada’

Ainda criticando o candidato do PSL, Alckmin citou a entrevista exclusiva cedida por ele à Jovem Pan nesta segunda-feira (24). Em conversa com Augusto Nunes, Bolsonaro pontuou dois possíveis nomes para sua eventual equipe ministerial: o coronel da aeronáutica e astronauta Marcos Pontes e o deputado Onyx Lorenzoni (DEM). O primeiro seria responsável pelo Ministério da Ciência e Tecnologia; o segundo, para a Casa Civil.

“Vamos trabalhar para que o PT não volte. Tem pessoas votando no Bolsonaro por que não gostam do PT e, como ele está em primeiro, vão votar nele. Isso é um equívoco. No segundo turno, não consegue dar conta. Isso é fato. Além do que não o vejo como boa solução ao país. O Brasil tem problemas demais, vai ter um presidente para ter mais problema? Precisamos de alguém que não estimule a violência. A bala não cria emprego, investimento, creche, hospital. Não é dessa forma. E quem promete reforma sem maioria é conversa fiada. A constituição brasileira é detalhista. É tudo PEC. Precisa de 308 votos. Três quintos. Precisa ter aliança para aprovar”, afirmou.

“Na entrevista do Bolsonaro, ele anunciou o Onix para a Casa Civil. Ele é do centrão! É do centrão! Diz que não vai fazer acordo, mas o primeiro indicado é do centrão. Eu fui prefeito, governador, sei como funciona, óbvio que tem que ter maioria. Isso é evidente. Quem disser que não, não vai governar”, concluiu. Sobre o astronauta Marcos Pontes, respondeu apenas: “é brincadeira, né?”.

Todos os vídeos da entrevista podem ser vistos no canal do Pânico no YouTube.

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