Alckmin sobre prisão de aliado: “Não podemos nos precipitar e cometer injustiça”

  • Por Estadão Conteúdo
  • 21/06/2018 16h27
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Reprodução/PSDB "Todo o apoio à investigação, total. Que se investigue, que seja investigação rápida e profunda", disse o tucano

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira (21) que a prisão de Laurence Casagrande Lourenço, aliado de longa data, que foi secretário de Transportes e Logística, presidente da Desenvolvimento Rodoviário (Dersa) e passado por outras áreas da gestão estadual, não irá atrapalhar sua campanha eleitoral. Preso pela Polícia Federal, Lourenço, que preside a Companhia Energética de São Paulo (Cesp), é acusado de desvio de dinheiro nas obras do trecho Norte do Rodoanel Mário Covas, marco do governo Alckmin em São Paulo.

“Todo o apoio à investigação, total. Nosso secretário de Transportes (Saulo Abreu) foi membro do Ministério Público, procurador. Que se investigue, que seja investigação rápida e profunda”, disse Alckmin, que participou de uma almoço-palestra na Federação das Indústrias do Rio e, na saída, falou rapidamente à imprensa. O efeito da operação da PF em sua candidatura em outubro será “nenhum”, sentenciou; da mesma forma, a prisão de Lourenço, acredita, não irá impactar o leilão da Cesp.

“O que nós tínhamos conhecimento era de um parecer de um técnico no Tribunal de Contas da União, e todas as informações foram prestadas. Houve diferença de interpretação das regras do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e do TCU. Claro que fiquei surpreendido (com a prisão)”, afirmou, negando que já tivesse sido aventada a possibilidade de desvios. “Só se tiver fato novo. Não existia desde então. A gente não deve se precipitar; vamos aguardar, até para não cometer injustiça”.

A Operação “Pedra no caminho” foi às ruas prender 15 pessoas suspeitas de envolvimento em desvios nas obras do trecho Norte do Rodoanel; seu principal alvo foi Lourenço. As empreiteiras que participam são OAS e Mendes Junior. A construção ainda não terminou. De acordo com as investigações que resultaram na operação, teria havido um sobrepreço de R$ 600 milhões.

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