Eduardo Jorge critica reajuste do Judiciário: ‘Acho uma imprudência’

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/08/2018 19h54
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Agência Brasil "Temos que entender a real situação do Brasil", disse o vice na chapa de Marina Silva

Vice na chapa de Marina Silva (Rede), Eduardo Jorge chamou de “imprudente”, nesta quinta-feira (9), o reajuste de 16,68% aprovado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a servidores do Judiciário. Segundo disse, não quer dizer que eles não mereçam o aumento, mas é preciso entender o momento de austeridade pelo qual o Brasil passa.

“Acho uma imprudência”, disse Eduardo Jorge, durante a transmissão ao vivo semanal na página do Facebook da candidata. O vice do PV participou do que Marina chama de “horário pessoal gratuito” sozinho, enquanto ela se preparava para o primeiro debate na TV entre presidenciáveis, que ocorre na noite desta quinta, na Band.

“Tem que ser pessoas (no Judiciário) de altíssimo nível de independência e preparo também, tem que ser remunerados adequadamente. Mas a gente tem que entender a situação do Brasil. Quase R$ 40 mil (o teto do salário dos ministros subiria para R$ 39,2 mil, com o reajuste), eu acho que não é uma coisa razoável”, completou.

Os ministros do STF aprovaram na quarta-feira, 8, reajuste de 16,38% para o próprio salário deles, que é o teto do Judiciário. Se a medida for aprovada pelo Congresso, implicaria em um efeito cascata, já que os demais salários do Poder são vinculados ao teto dos ministros. Cálculo feito por consultorias de Orçamento da Câmara e do Senado mostra que o impacto pode ser de R$ 4 bilhões, se a mudança começar a valer no próximo ano.

A justificativa para o aumento é que os recursos serão remanejados do orçamento do próprio Judiciário. A isso, Eduardo Jorge questionou: “Vão remanejar porque tem verba sobrando? Então deviam ter cortado”.

Violência

Instado por um internauta a explicar o fato de que o Brasil bateu recorde de mortes violentas no ano passado, o vice na chapa da Marina atribuiu as mortes a um capitalismo ilegal e criminoso, que surgiu com o monopólio da comercialização das drogas.

“Essa é a questão que é discutida no mundo inteiro e vai ter que ser discutida aqui”, disse Eduardo, completando que entende a preocupação das família nesta discussão.

O verde é favorável à descriminalização das drogas, mas Marina não. Eles já disseram nesta semana que o posicionamento da candidata vai prevalecer no programa de governo.

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