Haddad não telefona para Bolsonaro após derrota; aliados dizem que ‘não há conversa’
Derrotado no segundo turno da eleição presidencial, Fernando Haddad (PT) não telefonou e, de acordo com aliados, não pretende telefonar a Jair Bolsonaro (PSL), seu rival eleito presidente da República na noite deste domingo. Tal ato é considerado praxe em pleitos presidenciais no Brasil.
“Não tem conversa com quem não é civilizado”, disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), um dos integrantes da coordenação da campanha petista. “Ele foi um candidato extremamente agressivo com o Haddad”, acrescentou o deputado estadual eleito Emídio de Souza, outro coordenador da campanha.
Os aliados de Haddad também disseram que não há nenhuma intenção de questionar o resultado da eleição na Justiça Eleitoral. Segundo eles, porém, deve haver cobranças a respeito da investigação de supostas irregularidades na campanha de Bolsonaro, como as denúncias de pagamento de empresas para disseminação de mensagens no Whatsapp.
Em seu primeiro discurso após a derrota, Fernando Haddad não citou o nome de Bolsonaro, mas pediu um minuto de silêncio em homenagem aos defensores dos direitos humanos mortos por motivação política e cobrou ‘coragem’ de seus eleitores para garantir que a ‘democracia seja mantida’ durante os próximos quatro anos.
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