Justiça Eleitoral suspende propaganda de Haddad que liga Bolsonaro a Ustra
O ministro Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luís Felipe Salomão suspendeu nesta quarta-feira (24) a veiculação de uma peça publicitária do presidenciável Fernando Haddad (PT) que relaciona Jair Bolsonaro (PSL) à ditadura e ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.
De acordo com Salomão, a propaganda “ultrapassou os limites da razoabilidade e infringiu a legislação eleitoral” e fixou multa de R$ 50 mil caso a coligação petista, que inclui o PCdoB e o PROS, descumpra a decisão.
A inserção de Haddad utilizava vídeo em que Bolsonaro afirmava ser “favorável à tortura” e destacava que o coronel seria o ídolo do candidato do PSL à presidência. “Quem conhece Bolsonaro não vota nele”, finalizava a peça petista.
“Reafirmo que a distopia simulada na propaganda, considerando o cenário conflituoso de polarização e extremismos observado no momento político atual, pode criar, na opinião pública, estados passionais com potencial para incitar comportamentos violentos”, avaliou o ministro.
Salomão ainda criticou o uso de trechos do filme “Batismo de sangue”, que apresenta cenas de tortura. “Segundo a classificação indicativa, o conteúdo da mídia, diante das cenas de violência, destina-se à faixa etária acima dos 14 anos, e só poderia ser veiculada, na televisão, após às 21 horas.”
A campanha de Jair Bolsonaro havia solicitado a suspensão da propaganda.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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