No desespero, Haddad agora elogia até Moro, o algoz de Lula

  • Por Jovem Pan
  • 17/10/2018 20h24 - Atualizado em 17/10/2018 20h33
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Reprodução/YouTube O Bolsonaro causa "causa medo em mim meus filhos e na minha família", diz Haddad

Criticado nas redes sociais de ser o “Camaleão” do segundo turno. O candidato à presidência da república pelo PT, Fernando Haddad, mostrou durante uma breve entrevista ao SBT que pode mudar muito mais do que se imagina e perder características históricas de seu partido.

Questionado sobre a importância da operação Lava Jato ao País, Haddad disse que, no geral, o juiz Sérgio Moro fez bem ao Brasil. O discurso destoa completamente de afirmações recentes de seus correligionários. Para se ter uma ideia, no último dia 03, quatro dias antes do 1º turno, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, compartilhou em seu Twitter um vídeo em que ela criticava Sergio Moro, Dias Toffoli, Jair Bolsonaro e a Rede Globo. Nas imagens, Gleisi afirmava que Moro “vazou” deliberadamente a delação de Antonio Palocci, a qual ela classifica como “mentirosa”.

Apesar do elogio, Haddad reafirmou que Moro errou na sentença do ex-presidente Lula. “Ele não apresentou provas”, disse. “Em geral, acho que o Sérgio Moro fez um bom trabalho, embora, eu acho que ele tenha soltado muito precocemente os empresários e liberado dinheiro roubado para esses empresários usufruírem e gozarem a vida”, continuou.

Também perguntado sobre a mudança na paleta de cores de seu logo (de vermelho, cor do partido, para verde e amarelo), o ex-prefeito afirmou que “o segundo turno precisa de uma ampliação” e que ele pretende reunir as pessoas de “esperanças”.

Haddad não disse nenhum possível nome de ministros de um eventual governo, mas que está fazendo “sondagens” de pessoas que respeita, como é o caso do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa. Segundo ele, Barbosa “tem o que contribuir” para o País e que foi ouvi-lo para “melhorar o plano de governo”.

Em relação ao suposto apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Haddad disse que o ex-presidente está em uma “saia justa”, uma vez que alguns candidatos ao governo do Estado não o apoio. Durante a conversa, o petista se esquivou de chamar FHC de amigo e disse que ambos tem uma relação ” antiga e muito cordial e respeitosa”.

 

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